Professor da UEPG participa de eventos sobre mídias educacionais na Alemanha e Itália

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O conhecimento sobre educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi levado mais uma vez para além-mar. O professor do Departamento de História, Paulo Dias de Mello, esteve na Itália e Alemanha, nos últimos meses, para trabalhos sobre mídias educacionais. O docente é membro do Projeto Global Textbook Project (Glotrec), que reúne instituições para debater a consolidação de livros didáticos pelo mundo. As atividades aconteceram na Universidade de Turim, entre 17 e 23 de abril, e no Instituto Leibniz/Georg Eckert, entre 23 de abril a 06 de maio.

O Glotrec é um projeto do Instituto Leibniz/Georg Eckert da Alemanha, que visa a construção de uma plataforma de informação única para pesquisas globais que estudam ou utilizam mídias educacionais, especialmente livros didáticos. O objetivo do trabalho é oferecer serviços de pesquisa digital multilíngue, que estão sendo continuamente expandidos, combinando currículos escolares, GEI-Digital e o International TextbookCat (ITBC) – um catálogo digital de livros didáticos. “Os serviços de pesquisa oferecidos pelo Glotrec Cat fornecem acesso, de qualquer local do planeta, a mais de 280 mil exemplos de mídia educacional para escolas, bem como material digitalizado e textos completos de acesso gratuito de coleções localizadas em todo o mundo”, explica o professor.

Durante as atividades na Itália, as questões debatidas foram sobre transferência de arquivos; o resultado alcançado no trabalho de localização, catalogação e digitalização de livros didáticos raros, especialmente do século XIX, realizado pela UEPG; e produção de artigos e participação em congressos internacionais, além da orientação de trabalhos de dissertação. Na Alemanha, juntamente com a professora Angela Ribeiro Ferreira, Paulo realizou um estágio na biblioteca do Instituto Leibniz, além de reuniões sobre pesquisas com livro didático no Brasil. A biblioteca física é destinada à investigação e possui 183 mil volumes impressos e online de 180 países.

“Nosso objetivo foi colher livros didáticos de países africanos de língua portuguesa, e de países latino-americanos, com o objetivo de realizar estudos comparados e transnacionais. Além disso, acompanhamos atividades da Biblioteca, junto dos alunos da rede pública alemã, sobre os livros didáticos, em particular os do Brasil”, conta. Foi uma viagem produtiva, segundo Paulo. “Pudemos fortalecer a parceria do convênio e estreitar laços em projetos compartilhados nas questões de digitalização e da pesquisa. No âmbito técnico da digitalização e da organização do ITBC, teremos bastante trabalho pela frente, com novas fases de digitalização”. No plano acadêmico, foram traçados planos de continuidade de investigações em caráter transnacional e a publicação das pesquisas já desenvolvidas em dossiês de revistas e livros.

A UEPG firmou um convênio com o Instituto Leibniz/Georg Eckert em 2021, para integração com uma rede parceiros, formada por Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Itália e coordenada pela Alemanha. “Esta última conferência foi realizada em Turim, na Unito, e teve como objetivo o balanço do processo de digitalização e questões técnicas da construção do ITBC, bem como um balanço das pesquisas desenvolvidas nos eixos temáticos do projeto: as Lições de Coisas e a Imagem do Outro”.

Também estão previstos novos encontros da rede. “Nos foi solicitado que nos tornássemos um hub de pesquisadores do livro didático no Brasil, e já estamos em processo avançado de diálogo”. O grupo já está em contato com pesquisadores da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Tem sido fundamental o apoio internacional do Glotrec, o suporte da UEPG e da Fundação Araucária”. Foi esse apoio, segundo o professor, que permitiu estruturar o Laboratório de Estudos sobre Formação de Professores e Ensino de História, no Cetep, onde está um acervo de mais mil livros didáticos (muitos deles raros) e uma estação de digitalização. “Agora com os livros físicos e o acesso aos livros digitalizados temos um acervo documental robusto para novas orientações e pesquisas”, finaliza.

Texto: Jéssica Natal | Fotos internas: Divulgação | Foto de capa: Luciane Navarro


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