A Fundação Araucária divulgou o resultado preliminar da primeira fase do Programa Centelha Paraná na última terça (22). Ao todo, 200 projetos foram selecionados para a Fase 2 do programa. Oito submissões são de Ponta Grossa, e sete desses projetos são de egressos ou estudantes da UEPG. Dois dos projetos integram a Incubadora de Projetos Inovadores (InProTec) da Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (AGIPI) da UEPG.
“Para a AGIPI, podemos identificar que estamos no caminho certo, pois os selecionados só confirmam o potencial das startups incubadas no Hub de Inovação da UEPG”, comenta o Prof. Miguel Archanjo de Freitas Jr, diretor da AGIPI. “Temos certeza que em um curto espaço de tempo teremos muitas startups resolvendo os problemas dos nosso parceiros e consolidando a UEPG como um dos principais atores do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo”, adiciona.
Os projetos que integram a InProTec selecionados pelo Centelha são “Processo tecnológico para reciclagem plástica”, de Vinicius Luiz de Carvalho, Jean Carlos Hoepfner e Luis Antonio Pinheiro; e “Substituição da galvanização à fogo por Praimer em aço BZ e Galvalume”, de Lucas de Oliveira. Os outros selecionados de Ponta Grossa incluem os projetos do mestrando da UTFPR Gabriel Fernandes Sales, dos egressos da UEPG Camila Kluppel, Dagoberto Marcio de Oliveira, Eliane Jorge dos Santos e Helvio José Nunes Ferreira; e do professor da UEPG Marcos Pileggi.
Projetos da InProTec
Uma das submissões aprovadas que passou pela InProTec é o projeto da startup InorfTIVE, de Vinicius Luiz de Carvalho, Jean Carlos Hoepfner e Luis Antonio Pinheiro. “O nosso projeto permite reciclar plásticos rígidos em um novo plástico com propriedades similares aos do original”, explica Hoepfner. A ideia surgiu na dissertação de mestrado de Carvalho, defendida na UEPG.
“O processo de produção do nosso projeto simplifica a triagem de plásticos e permite mais reuso de plásticos reciclados”, continua. Caso sejam um dos projetos vencedores, os proponentes da InorfTIVE pretendem utilizar os recursos do Centelha para adquirir uma extrusora de bancada. “Essa máquina mistura diferentes plásticos e com uma versão para uso em laboratórios, poderemos aprimorar o processo de reciclagem”, complementa Hoepfner.
O outro projeto gestado pela InProTec selecionado pelo Centelha é a submissão de Lucas de Oliveira, que oferece uma alternativa ao processo de galvanização de metais industriais. Formado em Engenharia de Materiais pela UEPG, a ideia de Oliveira surgiu durante umas das disciplinas práticas do curso. “Havia a demanda de várias empresas externas de uma solução para corrosão de metais e o projeto surgiu como uma alternativa para aumentar a vida útil do material e selecionar o melhor material possível”, conta Oliveira.
Programa Centelha
Na segunda fase do Centelha, os proponentes devem elaborar um projeto de empreendimento e deverão provar a viabilidade de negócio da proposta. Até 100 propostas serão selecionadas para a terceira fase, em que os proponentes submeterão um orçamento e um plano de execução do projeto. O programa selecionará 30 projetos e cada proposta receberá 60 mil reais para execução.
O Centelha Paraná possui investimento de R$1,665 milhões, do Governo do Estado e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O programa é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Finep, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), operado pela Fundação CERTI e executado no Paraná pela Fundação Araucária.
Texto: William Clarindo | Foto: Vanessa Hrenechen