Alunos de Jornalismo e História da UEPG realizam atividades em terra indígena

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Alunos e professores dos cursos de Jornalismo e História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) viajaram a Terra Indígena Faxinal, pertencente à etnia Kaingang, no município de Cândido de Abreu. A visita aconteceu no dia 12 de setembro, última quinta-feira, em meio aos preparativos para a Mostra Cultural Kaingang, que ocorreu no dia seguinte. A atividade foi coordenada pelos professores José Galdino, do Departamento de História, e Ben-Hur Demeneck, do Departamento de Jornalismo.

Os visitantes foram recebidos pelo presidente da associação da aldeia, Alexandre Kuaray de Quadros, e sua esposa, Regina Kosi, egressos dos cursos de Geografia e História, respectivamente, e mestres em Estudos da Linguagem pela UEPG. Os alunos também puderam dialogar com o cacique da TI Faxinal, Adevanil Kregvaj Lourenço, e assistiram a apresentações de dança e canto na língua kaingang.

A visita possibilitou aos alunos de Jornalismo realizar a cobertura fotográfica dos bastidores da preparação para a mostra cultural. A atividade também permitiu aos visitantes conhecer mais sobre o trabalho de educação realizado nas escolas da aldeia, que contam com mais de duzentos alunos, e promovem o ensino bilíngue em kaingang e português. A TI Faxinal realiza ações educativas junto a colégios de Cândido de Abreu e região, como a mostra, com intuito de divulgar a cultura e tradições do povo.

Organizada pelo professor José Galdino, a viagem acolheu os estudantes de Jornalismo, para atender a uma demanda do curso por uma experiência que os aproximasse de culturas indígenas, como explica o professor Ben-Hur Demeneck, do projeto de extensão Foca Foto. Esta demanda, explica ele, não surge apenas do interesse dos estudantes, mas também da necessidade de formar profissionais de imprensa sensíveis às demandas dos povos indígenas. Participaram da visita estudantes de quatro projetos de extensão em Jornalismo.

“Impossível não se interessar por questões indígenas depois de ir numa aldeia e ter uma audiência com um cacique, ouvir um professor indígena explicar como se falam as mais de dez vogais em kaingang, depois que se vê um morador desenhar um grafismo representando a noite e a Lua no braço do colega”, exalta Demeneck. Ele destaca que os relatos dos alunos que participaram da experiência mostram que preconceitos foram quebrados e o entendimento da importância e o preparo do Jornalismo para ouvir os povos indígenas.

A estudante de Jornalismo Joyce Clara do Lago atesta o impacto da atividade ao descrevê-la como uma experiência incrível. “Todos foram muito simpáticos e acolhedores. Foi uma troca de vivências muito legal, e que acrescentou muito para minha vida pessoal e como acadêmica”. A estudante destaca o impacto do contato cultural, que permitiu a ela agregar outras perspectivas sociais. “Como meu interesse é o Jornalismo Cultural, ver de perto as manifestações artísticas deles foi um adicional a uma experiência já muito rica”.

Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Eder Carlos/ Foca Foto e Iolanda Lima/ Lente Quente


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