A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex), lamenta o falecimento de Letícia Taiana Plewa. A jovem atuou como Guarda Mirim, de 2015 a 2016, na Proex, e faleceu nesta quarta-feira (17), vítima de um afogamento no litoral do Paraná.
Cedo demais. Os depoimentos dos que conheciam Letícia lamentam não deixam de lado o adjetivo: Letícia partiu cedo, antes da hora natural. Com apenas 21 anos, a ex-guarda mirim tinha acabado de ser aprovada em Ciências Contábeis pela UEPG. A amiga, Amanda Mattos, até mandou fazer uma caneca com o nome do curso, quando a notícia da aprovação veio, em outubro deste ano. “Ela ficou pronta ontem e eu não vou poder te entregar. Não vai dar pra escolher a roupa do primeiro dia de aula e eu não vou ficar morrendo de ciúmes dos novos amigos que você faria lá”, escreveu em depoimento. Amanda lamenta os sonhos não vividos com a amiga. “Você tinha que ter terminado a carteira de moto, porque disse que iríamos ter 80 anos e andar de moto juntas. Já estou com saudades! Melhor amiga, única amiga de verdade, a única pessoa que fazia questão de ter por perto”, descreve.
Joseli Manoel Pinto, que trabalhou com Letícia na Proex, descreve Letícia como uma menina cheia de vida e de sonhos. “Sonhava em ser modelo. Sempre foi responsável, interessada em aprender, alegre, sorridente e feliz. Foi um privilégio tê-la como menor aprendiz”. Wilton Paz destaca a beleza singular da menina de sorriso lindo e tímido. “Quantas vezes fui levar para casa do trabalho, pois às vezes tinha umas enxaquecas da adolescência. Atravessávamos a cidade para chegar em sua casa. É triste saber de sua partida tão cedo, com um universo todo pela frente. Volte para luz, iluminando a todos por aqui!”, lamenta.
A Guarda Mirim é um projeto proposto pela Procuradoria Jurídica (Projur) da UEPG, que visa o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes. A professora Marilisa Rocio de Oliveira conviveu com Letícia e a descreve como uma menina esperta e cheia de sonhos. “Quando eu voltava dos eventos da Proex, sempre queria saber se foi tudo bem, o que tinha de novidade para a extensão”, recorda. Marilisa lembra de um episódio em que Letícia a presenteou com uma camisa do Flamengo. “Fiquei tão emocionada com aquele carinho. Somos passageiros aqui neste mundo e ela, com o seu sorriso encantador e seu olhar de menina, cumpriu sua missão”.
As informações de velório e sepultamento ainda não foram divulgados pelo Serviço Funerário Municipal. A UEPG presta solidariedade aos amigos, familiares e colegas pela partida precoce de Letícia.
Texto: Jéssica Natal | Fotos: Arquivo Pessoal