Amor, dedicação e gratidão: Luciane faz parte do curso de Agronomia há 32 anos

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Tão tradicional quanto o curso de Agronomia na UEPG, é a presença de servidores que fizeram parte da história da Universidade por longos anos e que contribuem de forma fundamental para o desenvolvimento da UEPG e para que ela seja a potência que se torna a cada dia. Uma dessas presenças já conhecida há muito tempo no curso de Agronomia é Luciane Henneberg, que está na UEPG desde sua graduação, há 32 anos.

“Eu entrei na UEPG em 1990, no curso de Agronomia. Na época só existiam o curso de Agronomia e Engenharia Civil no Campus e o Bloco de Educação Física. As aulas geminadas com outros cursos, como Zoologia, eram ministradas no campus do centro. Depois veio os outros blocos. Tínhamos muitas dificuldade de infraestrutura; as pós graduações não existiam em muitos cursos. O curso de Agronomia diferenciava, pois tinham mais pesquisadores, saindo futuramente dois cursos novos: a Engenharia de Alimentos e a Zootecnia”, relembra Luciane. Após se graduar em Agronomia em 1996, Luciane retornou à UEPG, no ano seguinte, dessa vez, como funcionária. “Longos 6 meses longe da UEPG, eu voltei”, brinca.
“Passei no concurso de 1997 e entrei em agosto do mesmo ano. O concurso era para técnico de laboratório para a matéria de Zootecnia dada na Agronomia, mas ao entrar fui locada no curso de Farmácia. Passados uns meses fui locada para o Laboratório de Fitopatologia onde estou até hoje”, conta a funcionária.

Além da vida profissional, a UEPG faz parte da formação acadêmica de Luciane para além da graduação: “Já como funcionária da UEPG, fiz Mestrado em Química e Doutorado em Produção Vegetal. Fiz muitos cursos de aperfeiçoamento na área, trabalhei junto ao grupo de Fitopatologia aplicada em pesquisas, publicamos artigos e livros˜. Nesse período, ela fez parte de movimentos estudantis e se envolveu em causas e lutas para tornar a UEPG um lugar cada vez melhor. “Como idealista, participei de vários movimentos dentro da Universidade, como Centro Acadêmico, movimento sociais, participei de algumas greves, sempre com o objetivo de melhorias da Universidade como Instituição de Ensino e formação de pessoas para tornarem o mundo melhor, bem como, melhores condições salariais e formação dos funcionários públicos. Como nova, eu era muito radical, errando em expressar as ideias, mas com o tempo crescemos e entendemos que nem sempre uma visão é a única visão de uma sociedade igualitária”, relembra. “Hoje vejo que não só o curso de Agronomia como outros cursos tiveram melhorias e avanços, tenho orgulho da UEPG”, avalia Luciane.

Em suas funções diárias como técnica na UEPG, Luciane confessa que a Universidade tornou-se seu segundo lar:  “Auxilio nas aulas práticas, cuido dos laboratórios como fossem a extensão da minha casa. Tive até a oportunidade de ministrar algumas aulas na aérea de minha especialidade que é Fitopatologia e Sementes”, relata. Depois de mais de 30 anos na UEPG, não haveria de ser diferente: a relação com a Universidade, colegas e alunos é de muito carinho e intimidade. “Sinto-me realizada. Gosto do meu trabalho, sinto-me honrada em fazer parte da vida de tantas pessoas como professores, funcionários e acadêmicos. Pois comecei quanto era jovem aos 17 anos e agora irei fazer 51 anos. Imagine! Minha formação como pessoa, minhas realizações materiais, profissionais… Vivi mais aqui dentro do que até com minha família”, destaca. “Agradeço a Deus por ter um propósito para mim dentro da UEPG”, enfatiza com carinho a funcionária.

Todo esse carinho dado e recebido se reflete em muitos momentos da trajetória de Luciane, não apenas acadêmica e profissional, mas também pessoal, afinal, como ela afirma, os laços que se criaram depois de tantos anos, são como os de uma família: “Algo que marcou minha vida na Universidade foram momentos difíceis que passei pessoalmente e tive o apoio de meus colegas do trabalho e dos estudantes. Momentos de perda na família, dificuldades financeiras, problemas emocionais. Pois para mim a Universidade não foi e não é apenas um lugar de trabalho, mas desenvolvimento de relacionamentos que permanecerão em minha lembrança”.

Texto: Cristina Gresele | Fotos: Fabio Ansolin


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