A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), irá coordenar a 21ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas no polo de Manoel Ribas. As provas acontecem no próximo domingo e segunda-feira (12 e 13) em sete locais de prova, divididos em seis cidades do Paraná. No total, 780 candidatos são esperados para as provas e, desses, 130 farão a prova no polo coordenado pela UEPG.
O Vestibular dos Povos Indígenas é realizado de forma descentralizada, com o envolvimento de todas as Universidades Estaduais do Paraná e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nesta edição, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) é a coordenadora geral do Vestibular. A professora Cristiane Goncalves de Souza, coordenadora do polo da UEPG, informa que os candidatos que farão as provas de Manoel Ribas são oriundos da Terra Indígena de Mococa, Terra Indígena de Queimadas, Terra Indígena de Marrecas, Terra Indígena de Koe Ju Porã, Terra Indígena de Faxinal e Terra Indígena do Ivaí. A ação conta com apoio da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade e Comissão Universidade para o Índio da UEPG.
A equipe da UEPG que atuará nas provas é composta por 10 pessoas, dentre servidores e estudantes indígenas, que serão fiscais de prova e das bancas da prova oral. “É importante salientar que a realização do Vestibular Indígena é a materialização de uma política estadual do Paraná, que versa sobre a reserva de vagas suplementares para indígenas no sistema de ensino superior público paranaense”, explica Cristiane. Segundo ela, a lei visa contribuir para o acesso e permanência de estudantes indígenas no ensino superior. “É uma ação afirmativa relevante, se considerarmos a formação sócio-histórica brasileira e a negação dos direitos humanos da população indígena, notadamente, o direito fundamental de acesso à educação em nível superior”, completa.
Texto: Jéssica Natal | Foto: Julio Cesar Prado