Dia do Servidor: Maria Luzia e os capítulos de uma vida no serviço público

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Estar na UEPG é viver UEPG”. E assim que vive a bibliotecária Maria Luzia Fernandes Bertholino dos Santos, que há 27 anos trabalha na Biblioteca Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Bicen-UEPG). “Posso afirmar que 50% da minha existência foi dentro da UEPG. Trabalhar na Biblioteca da Universidade é sempre um grande aprendizado e organizar a informação para disponibilizar aos usuários é de extrema importância pra mim”.

Mais conhecida pelos colegas e estudantes como “Luzia da biblioteca”, Maria relata que, apesar do tamanho da Universidade, fez diversas amizades na instituição. “Mesmo com a grande estrutura, nem sempre conseguimos conhecer todos os servidores, mas com o tempo criamos vínculos e criamos raízes. Vivemos boa parte da nossa vida dentro do setor que atuamos e também dentro da estrutura geral, então conheci muitas pessoas com as quais encontro e convivo na cidade, nos eventos e na própria Universidade”.

A diretora da Biblioteca, Eunice Novaes, ressalta a importância do trabalho de Maria Luzia na Biblioteca do Campus Central. “Ela é uma profissional excelente e muito querida por todos nós. É bom saber que temos uma colega assim atuando conosco e ajudando a oferecer um bom atendimento aos estudantes”, destaca.

Capítulo 1 – A formação e o início da jornada

Nascida em 1968 na cidade de Londrina, Luzia sempre gostou de estar próxima dos livros e acreditava que a biblioteca era um espaço único de aprendizado. Tendo a paixão pelos livros como motor para sua carreira, decidiu fazer o curso de Biblioteconomia na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Formou-se em 1991.

Dois anos após a formatura, prestou concurso público de técnico administrativo com nível superior para o cargo de Bibliotecário em Ponta Grossa. No dia 03 de maio de 1993, ela ingressou na UEPG e a partir daí começou a construir a sua vida na cidade. “Eu me formei em Londrina e vim pra cá muito cedo, logo comecei minha família e passei a me estabelecer aqui”, narra. Entre 2002 e 2004, Maria foi a diretora da Biblioteca Central (BICEN) onde realizou um trabalho de adaptação às novas tecnologias e sistemas de biblioteca. Após este período como diretora, retomou o posto de bibliotecária e chefe de seção.

Capítulo 2 – Transformações da profissão

Responsável pela Seção de Tratamento da Informação na Biblioteca Central da UEPG, Maria Luzia acompanhou diversas mudanças no espaço de trabalho. “Quando cheguei à UEPG, tínhamos somente graduação e aos poucos foram sendo implantadas as especializações e, consequentemente, as pós-graduações em nível de mestrado e doutorado. Durante esse tempo, fomos vivenciando a gradativa ampliação e crescimento da infraestrutura física no campus de Uvaranas e do Centro, tivemos a transferência de cursos das sedes, a inauguração de novos prédios, laboratórios, entre outros. Acompanhamos a evolução tecnológica migrando de um sistema de mainframe para organização dos dados e sistema da biblioteca para rede de micros, o acesso à Bitnet migrando para chegada da Internet em meados de 1994/1995”, lembra.

Luzia recorda dos principais avanços que presenciou na biblioteca da UEPG. “Para mim, a grande evolução do espaço da Biblioteca foi o acesso ao portal de periódicos da Capes, pela boa avaliação dos cursos de pós que concederam o direito a essa importante fonte de informação para a comunidade universitária e externa”.

Capítulo 3 – Histórias inesquecíveis

Durante os anos de atendimento aos estudantes, Maria Luzia diz que passou por diversas situações curiosas, das quais lembra com carinho. “Certa época que encontrávamos revistas jogadas no chão, na seção da Hemeroteca, dava a impressão que alguém arremessou das estantes, mas não tinha ninguém lá, a gente achava que poderia ter algum fantasma. Teve também uma situação de combustão espontânea no prédio/espaço que abrigávamos as doações recebidas pela biblioteca, houve um processo de dedetização no espaço e o produto utilizado gerou uma combustão devido ao calor. Graças a Deus tudo foi controlado rapidamente e sem grandes prejuízos ao acervo e espaço”, narra.

Para a bibliotecária, são muitos momentos que ficaram guardados na lembrança. “São muitos detalhes, não consigo elencar todos, se puxar pela memória com certeza outros bons momentos serão lembrados”.

Capítulo 4 – Amor pelo serviço público

Maria Luzia tem orgulho da profissão que escolheu para seguir e transmite este amor na sua relação com a instituição. “Diria que o trabalho dos servidores eleva a UEPG e a trouxe onde chegou hoje. Nossas ações e nosso esforço consolidam a história da instituição. Cada um com o seu papel, independente da função, registram os fatos, operacionalizam as ações administrativas e ajudam os docentes a promover a universidade no campo educacional e social da região. Amo o que faço e acredito que representamos a instituição com nosso trabalho e ação. Devemos ter orgulho de fazer parte da família UEPG”, afirma.

 

 

Texto: Julio César Prado          Fotos: Arquivo Pessoal

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