O Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa promoveu a palestra “Jornalismo de Opinião: Ética, Impacto e Influência”, com a jornalista Mariliz Pereira Jorge. Realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJor), no dia 5 de novembro, o objetivo foi discutir as práticas profissionais no jornalismo.
A convidada é roteirista, produtora de TV, especialista em cobertura de gênero e colunista da Folha de São Paulo e do Canal Meio. Graduada em Jornalismo pela UEPG, Mariliz relatou a sua trajetória profissional e discutiu assuntos relacionados à presença das mulheres no jornalismo, as agressões que sofreu dentro da profissão, as dificuldades em trabalhar na área da política, as possibilidades dentro do mercado de trabalho e a produção de textos de opiniões.
A jornalista relatou o sentimento de estar novamente na UEPG após 25 anos,“fiquei muito emocionada de voltar aqui, a Universidade tem um papel enorme na minha formação”. Para Mariliz, mesmo a profissão não exigindo o diploma para atuação, as experiências adquiridas na formação acadêmica são essenciais para a construção da ética profissional e aprender a lidar com as exigências e transformações dentro do jornalismo. “Eu sempre achei que a formação que tive aqui dentro foi essencial para formar a profissional que comecei a ser há 30 e sou atualmente”, expõe.
O professor e chefe do Departamento de Jornalismo, Rafael Schoenherr, aponta que a presença da jornalista Mariliz mostra que mesmo que o profissional tenha uma carreira consolidada é possível buscar novas formas de atuação. Schoenherr destaca a importância de trazer uma egressa do curso para uma palestra, “pela primeira vez ela retorna à UEPG na condição de palestrante, para devolver o investimento da Universidade na sua formação”. De acordo com o professor, a presença da colunista é uma forma de iniciar as atividades comemorativas dos 40 anos do curso de Jornalismo, que completa-se em 2025.
O chefe do Departamento do curso afirma que a expectativa dos professores do curso é de que a discussão tenha inspirado os estudantes a compreender a relevância dos colunistas no jornalismo brasileiro. “É importante perceber a relevância do jornalismo opinativo como um serviço indispensável para o diálogo democrático, fiscalização de instituições e ampliação de perspectivas”, explica.
A estudante de jornalismo, Amanda Grzebielucka, aponta que a conversa com a jornalista e colunista auxiliou em seu projeto de pesquisa, relacionado à violência no jornalismo, “sem dúvidas a parte que mais enriquecedora foi quando ela falou sobre violências que vivenciou sendo colunista da Folha, justamente é o que estou pesquisando”. Amanda comenta que por meio das experiências compartilhadas por Mariliz, foi possível entender formas de trabalhar em diversas áreas e veículos de comunicação.
Texto e fotos: Rafaela Koloda