15ª Mostra de Laboratórios de Ensino de Biologia recebe cerca de 450 estudantes

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O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) promoveu, na última semana, a 15ª edição da sua Mostra de Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia. O evento, organizado por acadêmicos e docentes, iniciou com uma exposição de estandes no Centro de Convivência do Campus Uvaranas na terça-feira (19) e concluiu com apresentações de pôsteres e trabalhos na quarta-feira (20). No primeiro dia de evento, cerca de 450 estudantes de escolas e colégios locais passaram pelos estandes e pelo Museu de Ciências Naturais (MCN).

Em sua fala na abertura, o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, ressaltou a participação dos estudantes do curso na Mostra. “Também é muito importante essa compreensão do curso de que o nosso papel de professor têm um papel transformador e, no caso de vocês, de formação para ciência”, refletiu. “Essa é a relevância dessa mostra, que une a parte científica com a parte pedagógica; que une a vocação para o científico com a vocação para o magistério”, completou o reitor.

“Esse é um dos momentos mais ricos para nós da Universidade, porque é quando efetivamente vocês colocam a mão na massa e demonstram para a sociedade um pouco do muito que vocês fazem no curso”, considerou o pró-reitor de Graduação da UEPG, professor Miguel Archanjo de Freitas Júnior, em sua fala de abertura. A mostra envolve todos os alunos do curso: os dois primeiros anos organizam e manejam os estandes; o terceiro ano organiza o evento; e o quarto ano, além de ajudar na organização, apresenta trabalhos e pesquisas.

A acadêmica Laura Ramos, do último ano do curso, conta que a preparação para a Mostra leva quase um ano. “É muito cansativo, mas é muito impactante. Você vê os alunos querendo aprender mais, os professores que deram aula pra gente veem onde o nosso trabalho já chegou. Isso é muito realizador”, destaca. “Tivemos muitos retornos dos professores das escolas que acompanharam a Mostra e outras pessoas que nos visitaram. Tivemos resultados muito bons, os próprios acadêmicos participantes adoraram e se divertiram um monte”, avalia o professor Márcio Akio Ohira, um dos docentes organizadores.

Ciência em mostra

Os acadêmicos dos dois primeiros anos, que organizaram os 11 estandes do evento, encheram os olhos de cerca de 450 estudantes que passaram pela Mostra. Cada estande abordava um aspecto específico da biologia e usava diferentes métodos para cativar a atenção do público. “O objetivo principal da Mostra é despertar o interesse dos alunos mais jovens, estimulando o aprendizado por meio da experimentação e da interação direta com conceitos científicos”, detalha a acadêmica do terceiro ano Vitória Bueno Barreto, representante da organização.

Durante o primeiro dia, pós-graduandos e docentes elegeram o melhor estande, enquanto os professores e estudantes que visitaram a Mostra escolheram o seu favorito. Em ambas as votações, o estande vencedor foi “Elementar”. Sherlock Holmes recebia os visitantes e uma policial os convidava para utilizar a biologia para coletar provas e, com a ajuda de três cientistas, investigavam um assassinato. Além de um mini laboratório e um escritório para Sherlock, o estande também contou com uma cena de crime, com direito a manequim e sangue falso.

“Desde o começo, estávamos em busca de um tema que pudemos cativar o público de maneira que eles pensem ‘isso é útil pra minha vida, pode ser uma carreira, é algo do meu dia a dia. Pensamos em diversos temas, como astronomia e paleontologia, mas queríamos algo mais fora da casinha. Mas como eu sou muito fã de Sherlock Holmes, um dia pensei ‘por que não falar de biologia forense?'”, conta Henrique da Cruz, que durante a mostra incorporou o detetive britânico.

Repetindo a parceria que resultou no estande vencedor da Mostra em 2022, Henrique, Alex dos Santos Kusdra da Silva, Carlos Renan Stocco, Eloisa de Oliveira Grzebielucka e Pablo Dias Schechtel (todos do 2º ano do curso) desenvolveram os toques finais para chamar o máximo de atenção. “Não queríamos só mostrar uma cena de crime, queríamos levar para um laboratório e mostrar como esses elementos são estudados dentro do laboratório”, complementa Henrique.

Os visitantes podiam identificar provas na cena do crime como o sangue da vítima e digitais numa pistola. Em seguida, os cientistas explicavam como aqueles elementos e outros conhecimentos da biologia poderiam ajudar a elucidar o crime. “Na mostra, temos contato com alunos desde o 6º ano do Ensino Fundamental até o último ano do Ensino Médio, então trabalhamos na transposição didática do mesmo conteúdo para todas as idades. Esse contato é sensacional”, completa.

Texto e fotos: William Clarindo


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