Diferentes gerações de motoristas levam o nome UEPG por todo o Brasil

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Levar a instituição onde está o conhecimento, independentemente da distância. Este é o trabalho dos motoristas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), profissionais responsáveis por transportar docentes, servidores, acadêmicos e pessoas externas, para dentro e fora dos seus muros. No Dia do Motorista, comemorado em 25 de julho, a UEPG celebra o trabalho dos servidores.

A chefe da Coordenadoria de Logística (CLog), Ana Paula Pacheco, responsável por gerenciar o trabalho dos motoristas, agradece o trabalho dos colegas. “Muitas vezes, para atender demandas da instituição, eles deixam seus lares sem horário para retorno, sempre com muito profissionalismo e dedicação”, declara.

Para comemorar a data, a UEPG conta a história de duas gerações diferentes de motoristas, com um objetivo em comum: levar o nome da Universidade para diferentes cantos do Brasil.

A primeira geração

Em 1992, a UEPG realizou seu primeiro concurso público com vagas exclusivas para a função de motorista. Entre os primeiros concursados que ingressaram, estava Evaldo Pedro Lopes, o motorista há mais tempo em atividade na instituição atualmente. Experiente no volante, Evaldo dedicou toda sua vida profissional aos veículos. “Comecei trabalhando como mecânico em uma concessionária de veículos aqui em Ponta Grossa. Depois que ela fechou, trabalhei como caminhoneiro por quatro anos, até fazer o primeiro concurso para motorista da UEPG”.

Quando Evaldo iniciou sua carreira, a UEPG contava com uma frota pequena, com apenas dois veículos. Um deles era o icônico Scania 111, apelidado pelos alunos de “Trovão Azul”. “Eu já provoquei admiração nas pessoas, graças principalmente à minha habilidade conduzindo o Trovão Azul, que permitia ultrapassar os veículos mais modernos. A velocidade que alcançava dirigindo ele impressionava”, comenta o servidor, com um sorriso no rosto. O ônibus mais famoso da UEPG foi aposentado em 2008.

Nos primeiros anos, o trabalho do motorista consistia em levar turmas dos cursos de Agronomia, Geografia e do Colégio Estadual Agrícola Augusto Ribas (CAAR) a visitas técnicas em campo. Evaldo viu toda a frota da UEPG ser ampliada e modernizada. Quando a instituição recebeu seus primeiros ônibus de câmbio automático, ele foi o primeiro a dirigir o veículo, durante viagem do projeto Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati). “Nesse dia, conheci um dos idosos alunos do projeto. Ele era motorista de ônibus aposentado e ficou curioso com a forma que estava dirigindo. Ele se surpreendeu quando expliquei a nova tecnologia para ele”, ri, em meio às lembranças.

Todos os veículos oficiais que compõem a instituição passaram pela mãos de Evaldo. A experiência profissional lhe rendeu impressionantes 500 mil km rodados pelo Brasil, levando o nome da UEPG para lugares como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Antes da legislação exigir dois motoristas para viagens longas, fiz sozinho muitos desses percursos, representando a Universidade”, comenta.

Após 31 anos dedicados à UEPG e nenhum arranhão nos veículos, o servidor trabalha com a mesma calma, educação e elegância que o auxiliaram a conquistar vários amigos ao longo do tempo. “Recentemente, estava transportando um doutorando de Geografia que conhecia quando era aluno do Agrícola. Me alegra encontrar os alunos que transportei crescendo e alcançando sucesso”, afirma.

 

De pai para filho 

Rafael de Quadros é um dos mais novos motoristas da UEPG, tanto em idade quanto em tempo de atuação. Na instituição desde 2012, Rafael já perdeu a conta de quantas viagens realizou. “Conheci muito lugares legais, outros nem tanto, mas isso que faz do meu trabalho uma coisa fantástica. Não há rotina, todos os dias em lugares diferentes, com pessoas diferentes”, relembra.

Apaixonado por carros, principalmente os antigos, Rafael comenta sobre o início da sua carreira na UEPG. Antes de ser aprovado no concurso, dirigir era seu hobby. O “frio na barriga”, como descreve, o atingiu no momento em que trocou de emprego para se dedicar à sua verdadeira paixão: a direção. “A vontade de fazer aquilo que eu sempre amei foi muito maior”.

“Por que não fazer do seu hobby a sua profissão?”. Foram essas palavras, ditas pelo pai de Rafael, Paulo Roberto de Quadros, que o convenceram a se inscrever no concurso da UEPG. Paulo também foi motorista na instituição, atuando de 1998 até seu falecimento, em 2021. “Meu pai sempre foi minha fonte de inspiração, compartilhávamos a paixão por carros. Eu sempre achei a profissão dele uma coisa fantástica”.

Rafael afirma ser uma sensação muito boa ter trabalhado ao lado do seu pai, que considera um ídolo. “Ele se foi muito cedo. Ainda queria dividir muitos quilômetros com ele”. A seriedade e a paixão que Paulo tratava o trabalho foram espelhos que guiam Rafael na profissão até hoje.

A honra por atuar na UEPG seguem na cabeça e coração do motorista. “Transportar professores, acadêmicos e servidores que estão participando do crescimento da humanidade me dá a certeza que estou trilhando o caminho certo”, finaliza.

Texto: Gabriel Miguel Costa | Fotos: Gabriel Miguel e Arquivo Pessoal


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