As mulheres que fazem a UEPG funcionar

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Se está tudo limpo, organizado e se tem refeição pronta, é porque elas acordaram primeiro. A base de todo o funcionamento da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) passa pelas mãos e olhares de mulheres que atuam na cozinha, limpeza, e no apoio em laboratórios. E elas dão conta de dois campi com diversas salas de aula, escolas, laboratórios, auditórios e cozinhas. No total, são 51 mulheres atuando no setor de limpeza, 36 trabalham nos laboratórios e 20 nos Restaurantes Universitários (RU).

Restaurante Universitário

No Restaurante Universitário de Uvaranas, Bernadete Caiuta de Souza mostra seu amor e dedicação em servir alunos e servidores há 12 anos. Para ela, todo dia é correria, mas também gratificação pelo trabalho bem feito. “Cada um que chega ao Restaurante representa um pouquinho de nossos filhos”, conta.  Bernadete tem 60 anos e, por motivos de segurança, está afastada do trabalho presencial. “Estou muito ansiosa para tomar vacina e retornar ao trabalho que amo fazer”, finaliza.

Lindamir de Oliveia também tem suas expectativas pelo final da pandemia. Servidora há 7 anos no RU, ela se esforça para servir alunos e funcionários, mesmo em uma época diferente para a saúde. “Tenho medo de sermos infectadas, mas tomamos todos os cuidados e tenho muita fé de que tudo isso logo passará”.

Limpeza

O setor de limpeza também tem mulheres que se empenham para entregar um bom trabalho. Roseli Walus Nogueira inicia seu expediente às 6h30, antes de todos chegarem, e deixa tudo limpo nas salas do prédio da Reitoria. Com a pandemia, os cuidados redobraram: muito álcool em gel e distanciamento. “A UEPG para mim é como uma mulher, que acolhe a todos e só sabe amar. Sou uma Mulher feliz por trabalhar na UEPG”.

Há 13 anos na UEPG, Adria Maria Veiga Vieira nota que sua rotina de trabalho está mais intensa agora. “Este momento, com a Covid-19, está sendo difícil, estamos trabalhando por 3”, conta. Desde que a pandemia começou, ser forte ter fé de que dias melhores virão são seu lema de trabalho.

Laboratório

Além da limpeza e cozinha, o setor de laboratório conta com mulheres que auxiliam, também, no combate à pandemia. O Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed) tem Lucia Helena Garrido, técnica em produção de medicamentos.  Servidora há sete anos, ela viu sua rotina de trabalho mudar no último ano.

“Trabalhávamos 40 horas semanais e tínhamos uma rotina semelhante aos laboratórios de pesquisa”, explica. O Lapmed recebia atividades programadas pelos setores de Ciências Farmacêuticas, Ciências Biomédicas e Odontologia, além de produzir álcool em gel 70% sob demanda.

Com a restrição de entrada na UEPG, os profissionais do laboratório passaram a focar na produção de álcool em gel 70% para amparar o Hospital Universitário (HU-UEPG) e outras instituições da região. “Com colegas que víamos quase todos os dias, o contato ficou restrito a mensagens por WhatsApp. Acredito que o que mais incomoda é a possível contaminação, a incerteza dessa nova doença e o momento caótico que estamos presenciando sem a vacina”, explica.

Lucia finaliza com a sua atuação neste momento. “Como mulher, trabalhando em um sistema público, me sinto privilegiada, pois temos um reconhecimento igualitário, diferente de muitos outros locais, onde a voz da mulher é desmerecida. “Vejo que com tomadas de decisões assertivas será cada vez mais impositiva a nossa presença no mercado de trabalho”, completa.

Texto: Jéssica Natal |  Fotos: Aline Jasper e arquivos pessoais das entrevistadas

 


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