Técnicas e acadêmicas de pós-graduação do Laboratório de Mecanização Agrícola da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Lama/UEPG) participaram do I Encontro de Mulheres da Rede Ecovida de Agroecologia. O evento, realizado de 19 e 21 de setembro em Erechim (RS), reuniu mulheres agricultores e técnicas atuantes em Agroeocologia nos três estados do Sul do Brasil.
Durante o encontro foram realizadas rodas de conversa referente ao tema e houve o compartilhamento de experiências sobre gênero, protagonismo feminino, abusos que ocorrem tanto no meio rural como na cidade, sendo esses físicos e, principalmente, psicológicos. A respeito da temática, também foram formuladas diretrizes sobre igualdade de gênero que fará parte do manual de procedimentos da Rede Ecovida, responsável pela certificação dos Produtos Orgânicos.
Dentre as atividades, foram realizadas dinâmicas de grupo objetivando o resgate histórico de trajetórias pessoais e também de coletivos feministas no movimento agroecológico e na luta por igualdade de gênero e direitos.
As participantes reafirmaram a expressão “Sem Feminismo, não há Agroecologia” como um dos lemas do movimento agroecológico. Para a gestora e mestranda em Bioenergia, Kauana Bernardi (Bolsista Paraná+Orgânico/Seti/Lama/UEPG) “além de movimento em busca da agricultura sustentável, a Agroecologia também deve ser a transformação das relações sociais, pautada por equidade de gênero, respeito, justiça e contra a violência. Assim, feminismo e agroecologia caminham juntos”, afirma.
Há consenso sobre a necessidade de estimular e garantir a participação das mulheres em todos os espaços de decisão, fortalecendo a discussão sobre gênero e envolvendo os companheiros homens e os jovens neste debate também.
Com o objetivo de ampliar as discussões, as mulheres traçaram encaminhamentos que serão apresentados no próximo Encontro Ampliado, entre os dias 15 e 17 de novembro de 2019, em Anchieta, Oeste de Santa Catarina.
Rede Ecovida de Agroecologia
A Rede Ecovida, fundada em 1998, é constituída de agricultores e organizações e visa o fortalecimento e a consolidação da agricultura agroecológica. É formada por agricultores, técnicos, consumidores e comerciantes organizados em grupos informais, associações ou cooperativas.
A Rede é pioneira no desenvolvimento da certificação participativa de produtos agrícolas orgânicos, metodologia de verificação da conformidade, também conhecida como Sistema Participativo de Garantia, aprovada e regulamentada junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Texto e fotos: divulgação Lama/UEPG