A Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais (ETL-Queijos) da Universidade Estadual de Ponta Grossa tem muitos alunos para se orgulhar: nas últimas semanas aconteceu em São Paulo o Mundial de Queijos do Brasil, evento chancelado pelo Guia Internacional de Queijos da França, ocasião em que cinco egressos tiveram suas produções premiadas com medalhas de super ouro, ouro e bronze. Ainda, outros egressos foram jurados no evento.
Realizado a cada dois anos pela associação SerTãoBrás, o Mundial de Queijos do Brasil teve participação de produtores do Brasil, México, Panamá, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra e País de Gales, somando 1.900 produtos inscritos. O objetivo do evento é valorizar e reconhecer os melhores queijos e derivados do planeta, a partir de avaliações de jurados brasileiros e estrangeiros.
Dentre os participantes, Liliane Zaziski Aardoon conquistou com sua queijaria a medalha “SuperOuro”, concorrendo com o queijo estilo purungo, e também medalha de bronze com a produção de queijo Gouda. Liliane comenta que a ETL-Queijos foi o primeiro e mais fundamental dos cursos que fez para se desenvolver na profissão: “me ensinou as famílias de queijos, a fazer a massa, usar a salga correta. Pretendo fazer mais uma vez o curso e trazer meu esposo junto para que ele entre no mundo dos queijos”, comenta a produtora.
Os prêmios foram bem recebidos pela queijaria familiar, que fica localizada próximo ao parque Vila Velha, impulsionando ainda mais os negócios. “Esses concursos são muito bons para elevar a ouro a estima da queijaria, e também pra cidade nossa ver que tem muito produto de qualidade sendo feito aqui”, finaliza.
Os queijos são premiados a partir de uma série de critérios, que vão desde a alimentação das vacas até a aparência do produto final, aroma, odor e textura. O egresso da ETL-Queijos, Moacir Araújo, também foi um dos grandes premiados do evento, recebendo medalha de bronze com 3 produtos de sua queijaria: iogurte, doce de leite e queijo prato, e também a medalha SuperOuro com o queijo coalho.
Moacir conta que já tinha conhecimentos sobre os queijos, porém eles se aprofundaram na ETL-Queijos, possibilitando que fizesse uma imersão em questões como coagulação e os processos que envolvem a produção. Ao olhar pra trás, Moacir entende que fazer o curso na UEPG foi fundamental para que a queijaria pudesse ampliar as possibilidades ao fazer queijos, desde os mais simples aos mais elaborados, entendendo técnicas e a ciência por trás. “A UEPG tem um papel muito importante na nossa caminhada, porque foi ela quem deu toda a base para pudéssemos produzir queijos de alta qualidade, que foram consagrados com esta premiação”, celebra o produtor.
Texto: Amanda Santos | Foto: Amanda Santos, Aline Jasper e Reprodução do acervo pessoal