Hospitais Universitários da UEPG recebem novos residentes em saúde

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Muita dedicação, trabalho e estudo: esses são os ingredientes para um especialista em saúde. Nos Hospitais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), 97 novos profissionais deram início neste mês às residências multiprofissionais, uniprofissionais e médicas.

São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, profissionais de educação física, fonoaudiólogos, farmacêuticos, dentistas e psicólogos que buscam a especialização lato sensu na modalidade de treinamento em serviço. Os cursos têm duração de dois ou três anos, os residentes recebem bolsa e cumprem uma carga horária semanal de 60 horas, totalizando e 5760 a 8640 horas.

A professora Fabiana Postiglione Mansani, diretora geral dos HUs da UEPG, reforça que o momento de receber novos residentes em saúde é importante, uma vez que os hospitais têm sua assistência ao paciente impactada pelo ensino. “A chegada de novos residentes faz com que nosso hospital se mantenha vivo, em movimento, em prol da formação de profissionais de saúde”, comemora. “Depois da formação, eles podem continuar conosco na UEPG, nos nossos Hospitais Universitários, prestando seu serviço já como especialistas; e também nós conseguimos oferecer para nossa comunidade profissionais formados com a mesma qualidade pela qual a UEPG se destaca nos demais cursos de graduação e pós-graduação que oferta para a comunidade”.

Animada, a dentista Bianca Manfredini de Carvalho comemorou o retorno à UEPG. Ela, que é graduada em Odontologia pela instituição, se interessou pela residência em Neonatologia quando fez um estágio no Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai) e conheceu a atuação do dentista nos diferentes setores hospitalares. Aí surgiu um encantamento com as novas possibilidades de atuação profissional. “Quando a gente pensa em dentista, pensa em restauração, canal, nas áreas tradicionais. Mas o dentista tem uma atuação muito importante no aleitamento materno, no teste da linguinha, pra ver se a criança está com língua presa e não consegue se amamentar”, exemplifica. “É tão legal pensar fora da caixa e explorar novos ambientes, que é uma das possibilidades que a residência traz pra gente”.

Muitos hospitais não têm a atuação multiprofissional que é característica dos HUs da UEPG, segundo a residente. Daqui a dois anos, depois de encerrada a residência, ela pretende levar o que aprendeu para outros locais de trabalho. “A gente tem um campo de trabalho muito grande para aplicar tudo que viveu aqui na residência. Acho que vou aproveitar muito”, antecipa.

Com a inserção na prática do ambiente hospitalar, os residentes têm uma oportunidade ímpar para se colocar no mercado de trabalho com qualidade. “As residências complementam a formação do profissional”, explica a diretora acadêmica dos HUs, professora Elisângela Gueiber Montes. “Na maior parte da carga horária, os residentes aprendem de forma prática, com o suporte de profissionais qualificados e professores, em um ambiente de ensino, de fato”. Para ela, o grande diferencial da formação oferecida pelos hospitais da UEPG é o ambiente de um hospital de ensino, favorável ao aprendizado e com profissionais preparados para atuar como tutores e preceptores.

Residências Uni e Multiprofissionais

A coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional (Coremu), Jacy Aurelia Vieira de Sousa, destaca o trabalho de excelência dos Hospitais da UEPG nos programas de residência, principalmente na formação voltada às demandas da comunidade. “Nossos residentes são instigados a aprimorar constantemente suas práticas sociais e de saúde, sempre com foco na melhoria do cuidado prestado em todas as fases do ciclo vital humano”, relata.

São nove programas de residência uni e multiprofissional: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial; Enfermagem Obstétrica; Epidemiologia e Controle de Infecções; Intensivismo; Neonatologia; Reabilitação; Saúde do Idoso; Saúde Mental; e Urgência e Emergência. No total, 129 residentes se especializam nessas áreas, sendo 73 da nova turma, de 2023.

A experiência de estagiar em farmácia, no laboratório do Hospital Universitário e na indústria deu à farmacêutica Ana Paula Goebel a certeza do que queria fazer: atuar no ambiente hospitalar. “Desses três locais, foi o que eu mais me identifiquei”. Enquanto preparava um exame, a residente em Urgência e Emergência contou que o trabalho no HU permite trabalhar com um leque de oportunidades e conhecer diferentes tipos de pacientes, desde os bebês recém-nascidos até pacientes idosos. “No mercado de trabalho, acho que vou me destacar com relação às outras pessoas, porque aqui a gente aprende muita coisa, conhece outras realidades”, reforça. “Como o laboratório comercial não tem tantas doenças, realiza mais exames de rotina, com parâmetros mais normais, eu achei interessante vir aqui para o hospital, em que a gente pega pacientes com doenças diferentes e pode aprender mais”.

Residências Médicas 

Um dos ambientes de ensino para os médicos é o Ambulatório. O residente de ortopedia, acompanhado de perto pelo preceptor, ouve com atenção a queixa da paciente: dor nos pulsos e dormência. Ele já sabe o que fazer: com os dedos, pressiona uma área do pulso para verificar se há compressão do nervo mediano. É na prática cotidiana que ele vai, ao longo de três anos, aperfeiçoar a formação de especialista.

“A residência médica é uma oportunidade única”, garante o coordenador da Comissão de Residência Médica (Coreme), João Eduardo Garcez Maestri. “É o tipo de formação que traz a prática mais diretamente, é você atender o paciente com um professor ao teu lado e fazer uma cirurgia com um professor ao teu lado”.

Maestri destaca que os Hospitais da UEPG são referência na região na educação e, em especial, nas residências médicas. Hoje, os HUs da UEPG contam com doze programas de Residência Médica, totalizando 53 residentes. Em 2023, ingressaram 23 profissionais nos programas de Neurologia, Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Endoscopia, Medicina Intensiva, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria e Radiologia.

E o projeto é expandir ainda mais as áreas disponíveis: o coordenador da Coreme antecipa que para os próximos anos, devem haver novos programas de Residência Médica. “A UEPG, através do Hospital, tem investido nas  residências e, além de aprimorar os programas, temos projetos para o futuro, para aumentar ainda mais a variedade de programas que oferecemos aqui”.

Texto e fotos: Aline Jasper


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