Alunos da UEPG promovem cidadania na primeira Operação Rondon Paraná

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Alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa participaram da primeira edição da Operação Rondon Paraná. Os dezenove acadêmicos de graduação e pós-graduação da realizam atividades de extensão e ações de promoção à cidadania em comunidades dos municípios de Guaratuba e Rio Branco do Sul desde a última quarta-feira (11). Também participam da operação quatro professores de diferentes departamentos da Universidade. Os rondonistas da UEPG desenvolverão, até o dia 21, atividades que visam o desenvolvimento e a promoção de cidadania em comunidades vulneráveis nos municípios.

A Operação iniciou com cerimônia de abertura, no auditório da Escola de Música e Belas Artes da Universidade Estadual do Paraná (Embap-Unespar), em Curitiba. A cerimônia, promovida pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) reuniu rondonistas das sete universidades estaduais, para marcar o inicio do projeto Rondon Paraná e da missão, que levou acadêmicos a municípios do Litoral da Região Metropolitana de Curitiba.

O objetivo da Operação Rondon Paraná é levar estudantes a comunidades com baixos indicadores sociais, para desenvolver atividades auxiliem na promoção da cidadania e de melhorias sociais para aquelas regiões, empregando os conhecimentos aprendidos na universidade por meio de oficinas nas áreas do conhecimento dos estudantes. Os alunos são divididos em Conjuntos, de acordo com as áreas do conhecimentos, para a elaboração de projetos: O Conjunto A compreende ações de promoção de Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde; e o Conjunto B reúne acadêmicos que atuam nas áreas de Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho.

O Projeto Rondon Paraná é sucessor da Operação Rondon UEPG, coordenada pelo Núcleo Extensionista Rondon (NER), que promovia ações rondonistas em diferentes regiões do Paraná, em paralelo à Operação Rondon, coordenada pelo Ministério da Defesa e de Alcance Nacional. A Operação Rondon UEPG durou entre 2015 a 2019 e foi suspensa devido à pandemia de Covid-19. O novo projeto projeto reúne, ao todo, 150 estudantes e trinta professores das universidades estaduais e atuará nas cidades Antonina, Guaratuba, Morretes e Paranaguá, no litoral paranaense, Cerro Azul e Rio Branco do Sul, no Vale do Ribeira, até o dia 21 de outubro.

Na abertura da Operação, o secretário da Seti, Aldo Nelson Bona, enalteceu o investimento no projeto e destaca que ele integra as ações do governo estadual, pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia nas universidades estaduais. A Seti destinou mais de R$ 1 mi para alimentação, transporte e materiais para as oficinas do projeto. O secretário também presta homenagem aos acadêmicos rondonistas. “Parabéns a vocês que aceitaram o desafio de ir de encontro às necessidades dos municípios e suas populações. A grandiosidade desse período de desprendimento é digno do nosso respeito e admiração”.

“O Rondon é um atendimento que leva a universidade até as cidades, mas também desempenha um trabalho muito importante no sentido de recuperar os saberes dessas comunidades e incorporá-los às atividades universitárias. É um projeto ganha-ganha, ganha a cidade, ganha a comunidade, ganha a universidade, e principalmente, ganha o contribuinte paranaense, que ajuda a manter instituições estaduais de ensino superior que fazem a diferença na vida da comunidade”, exalta o professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp). Miguel agradeceu o trabalho dos rondonistas em nome das reitorias das universidades estaduais.

Ao final do evento de abertura, os rondonistas proferiram juramento, conduzido pela professora Marilisa do Rocio Oliveira, do Departamento de Administração da UEPG e integrante do Núcleo Extensionista  Rondon (NER) da Universidade. Após dezoito operações, pelo Paraná e pelo Brasil, Marilisa não esconde sua emoção com o retorno do projeto. “O Rondon tem tudo para se consolidar como o maior programa de extensão promovido pelas universidades estaduais. Estou muito orgulhosa dessa ideia, criada na UEPG ter conseguido a credibilidade para continuar levando muito aprendizado a toda a população”, exalta a professora.

Nayara Basegio, mestranda em Ciências Sociais Aplicadas e graduada em Direito pela UEPG, atua no Conjunto A em Guaratuba e é rondonista veterana. “Participei do Rondon Nacional ano passado. A expectativa está bem grande, porque passada a pandemia podemos trabalhar com diferentes projetos para as comunidades que visitaremos”, comenta a rondonista, empolgada. Para ela, voltar para o projeto com mais experiência traz mais responsabilidades, mas também permite planejar atividades de outras formas.

A expedição também oferece oportunidades para rondonistas de primeira viagem. Em sua primeira aventura pelo projeto, em Rio Branco do Sul, a acadêmica de Direito Maria Eduarda Martins, do grupamento B, ressalta o quanto a experiência está sendo incrível, desde o começo. “Estou com uma expectativa muito alta de poder fazer a diferença em Rio Branco, onde meu grupo vai atuar. O Rondon é uma experiência multidisciplinar, desenvolvida por pessoas com conhecimentos diversos, oriundas de diferentes realidades, em prol do mesmo objetivo irá me tornar uma profissional muito melhor”.

A Operação Rondon aplica de forma prática as ações extensionistas desenvolvidas nas universidades em diferentes projetos de Extensão. Na UEPG, o NER integra a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) e é coordenado pelo professor Sílvio Rutz. A pró-reitora, professora Beatriz Nadal, destaca o papel de transformação social da extensão universitária. “O trabalho com a construção de soluções e o desenvolvimento de professores e alunos que alcançados nesse processo, certamente serão balizadores de novos projetos e modos de abordar a formação acadêmica. Esta é a grande preocupação da Proex na esteira da creditação da extensão”, comenta.

Texto: Gabriel Miguel | Fotos: William Clarindo


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