Nos 50 anos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, diferentes gerações de acadêmicos, professores e servidores fizeram e fazem parte da história da instituição. Neste final de semana, com o dia dos pais, duas famílias recontam histórias de como a UEPG é uma herança afetiva que passa de “pai para filho”.
Formada em Direito pela UEPG, Valéria Mariano nunca teve dúvidas sobre qual curso escolheria. “A UEPG sempre foi a nossa casa, meu pai, Oldemar Mariano, lecionou por mais de 30 anos na instituição. Não tive dúvida, quando criança, que eu queria minha formação lá”, comenta Valéria. No curso de Direito, ela teve a chance de aprender com quem a inspirou. “Fui aluna do meu pai no curso de direito e esse convívio na sala de aula só confirmou minhas expectativas em relação ao curso e a comunidade acadêmica”, continua.
“Muitos outros colegas foram alunos de outros brilhantes professores que também eram seus pais”, afirma. Valéria não foi a única a seguir nos passos do pai: seu irmão e seus filhos também cursaram ou cursam Direito. “Nós seguimos seus passos, e os netos dele também. Meu amor pela docência também herdei dele. Sem dúvida, a UEPG é a extensão da nossa casa”, reflete.
Acadêmico do curso de Jornalismo, Gustavo Camargo também é filho de uma família universitária. O pai, Antônio, e a mãe, Joseli, são professores da instituição e o irmão, Giovani, é mestrando. Para Gustavo, a UEPG sempre esteve presente no ambiente familiar. “No fim da tarde, quando a gente voltava pra casa, sempre conversávamos sobre as novidades do dia-a-dia enquanto tomávamos café”, conta.
Com a chegada da pandemia, as aulas presenciais passaram a ser realizadas de forma remota. Estudantes, professores e servidores passaram a realizar suas atividades dentro de casa. Gustavo considera que este modelo também transformou a rotina da família. “As aulas remotas têm sido uma grande adaptação na rotina aqui de casa. Nós conseguimos se organizar de maneira que todos consigam assistir e transmitir suas respectivas aulas, distribuindo as tarefas domésticas”, descreve.
“Agora, com as adaptações que foram realizadas, confesso que não há tantas novidades para serem compartilhadas na hora do café. Mas, como eu e meu irmão estamos auxiliando meu pai com o manuseio da câmera para as gravações de aula e suporte técnico, continuamos mantendo um vínculo de funções que desempenhamos na UEPG. Nós acabamos indiretamente assistindo a aula dele e há uma certa nostalgia em ver essas aulas, me lembro das tarefas do ensino fundamental e médio em que meus pais me ajudavam”, recorda Gustavo.
Texto: Julio César Prado e William Clarindo | Fotos: Arquivo pessoal das fontes