O Instituto Federal do Paraná (IFPR) está de casa nova. Junto com o início do ano letivo de 2024 na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o Instituto também passa a desenvolver suas atividades no prédio do Centro Integrar (antigo PDE), Campus Uvaranas.
O IFPR é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), voltada à educação superior, básica e profissional. Segundo o professor Adriano Stadler, coordenador do Centro de Referência do IFPR Ponta Grossa, este centro não funciona como um campus, mas sim como uma extensão da unidade de Curitiba. “A instituição funciona por meio da colaboração com instituições da cidade e por meio do trabalho cooperativo de professores de diversas unidades do IFPR no Paraná, que dedicam parte de sua carga horária de trabalho na unidade de Ponta Grossa”, explica.
Criado em dezembro de 2008, o IFPR possui, atualmente, 25 campi que atendem cerca de 26 mil estudantes nas modalidades presencial e a distância. São 43 cursos técnicos presenciais, 11 cursos técnicos a distância, 20 cursos superiores presenciais, três cursos de especialização presencial e um curso de especialização na modalidade a distância em todo o estado do Paraná.
A parceria com a UEPG irá possibilitar que as quatro turmas do curso técnico em Informática, integrado ao Ensino Médio, usufruam da estrutura física da Universidade. O reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, declara que esta parceria “é mais uma demonstração do compromisso de nossa universidade com a educação pública como um todo. Além de nossas escolas, Colégio Agrícola e Caic, agora teremos em nossas dependências os cursos técnicos do Instituto Federal, contribuindo de forma ativa com o sistema federal de educação”.
Além do técnico em informática, Adriano comenta que o Instituto está estudando a possibilidade de abertura de outros cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, além dos de formação inicial e continuada ofertados a partir das parcerias com outras instituições de Ponta Grossa. “Um deles será o programa Mulheres Mil, que é voltado exclusivamente para mulheres em situação de vulnerabilidade, e terá parceria com instituições do terceiro setor da cidade”.
Rosangela Padilha, mãe do estudante Manoel Pedro Martins Neto, acredita que a mudança do Instituto para o campus Uvaranas é muito positiva. “A estrutura aqui é muito boa. Eu já conheço o IF e sei que é uma escola muito conceituada, sei que vai ser uma mudança boa para os alunos e para os funcionários. No caso do meu filho que está concluindo o ensino técnico, vai ser muito proveitoso e bem benéfico para ele este último ano”.
Para Manoel, estudar no campus Uvaranas aguça a curiosidade sobre os cursos de graduação da UEPG. “Vai ser bem legal e bem produtivo estudar aqui; acho que vai ser um ótimo ano!”.
Adriano declara que a expectativa é que as parcerias e a integração sejam frutíferas e que se fortaleçam cada vez mais, inclusive envolvendo estudantes de graduação da UEPG e o ensino médio do Instituto. “Espera-se que haja também a verticalização do ensino, ou seja, que os estudantes bem preparados no ensino médio, sejam futuros estudantes da UEPG, fazendo com que dessa forma haja uma maior integração entre as instituições, fato que fortalecerá a parceria”, finaliza.
Giancarlo de França Aguiar, diretor-geral do IFPR Campus Curitiba, celebra o convênio com a UEPG. “Queremos agradecer imensamente à UEPG, na figura do reitor Miguel Sanches Neto, por ceder esse espaço para nós. Nós acreditamos nas instituições de ensino, na transformação da educação. A gente espera que aqui na cidade de Ponta Grossa, os alunos que estão vindo para o IF também transformem suas vidas”, declara.
Segundo o diretor-geral, o Governo Federal já anunciou a expansão dos institutos federais e a consolidação dos campi já existentes em todo o Brasil. No estado do Paraná, a previsão é de instalação de novos campi do Instituto Federal – um deles, em Ponta Grossa.
A equipe do IF fez questão de agradecer às famílias dos estudantes, especialmente os do primeiro ano que passaram por um processo seletivo concorrido. “Existem infinitas oportunidades dentro da nossa instituição de ensino. Eu posso afirmar que os filhos de vocês vão passar nas melhores universidades públicas do país”, celebra Giancarlo.
Texto e fotos: Domitila Gonzalez
