A planta é de origem europeia e utilizada desde a Idade Média. No século XIX, a pingo dourado começou a ser incorporada em um creme para tratar tumores ulcerativos. “Até então não havia estudos que abordassem a morfoanatomia da planta inteira, então um dos objetivos do meu projeto foi justamente prover esses dados para que possam ser utilizados no controle de qualidade dessa droga vegetal”, explica Carolina. O trabalho também buscou analisar a composição química de infusões e extratos da planta, bem como analisar compostos voláteis, devido à escassez de dados na literatura sobre o assunto.
Durante os três meses, a mestranda passou pela Sociedade de Pesquisa para o Câncer, na Suíça; no Pharma Zentrum, da Universidade de Basel; e no Instituto de Ciências Biomédicas, da Trinity College Dublin. “Fiquei dois meses e meio na Suíça e duas semanas na Irlanda. Acredito que, de tudo que eu aprendi, alguns pontos são os mais importantes: o primeiro seria não ter medo de fazer perguntas, e o segundo seria sair da zona de conforto e se desafiar”, explica Carolina, que ainda destaca que não se faz pesquisa sozinho, “pois a colaboração entre pesquisadores é fundamental para enfrentar obstáculos que sempre ocorrem no caminho da pesquisa, e também para ampliar o campo de visão sobre determinado assunto”, completa.
O projeto de pesquisa de Carolina também tem parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio da professora Carla Holandino, que é co-orientadora do trabalho. “A Carolina é motivo de muito orgulho para a UEPG, pois desenvolveu um excelente trabalho, aprendendo técnicas novas e ensinando as metodologias da pesquisa que desenvolvemos no laboratório de Farmacognosia da UEPG, no controle da qualidade de drogas vegetais”, comenta a professora orientadora de Carolina, Jane Manfron.
Texto: Jéssica Natal | Fotos: Arquivo Pessoal