Pesquisadores da UEPG publicam estudos sobre a relação metereologia e Covid-19

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O professores Fabio Augusto Meira Cássaro e Luiz Fernando Pires, do Departamento de Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Defis-UEPG), publicaram dois artigos na revista Science of the Total Environment sobre a pandemia associada ao novo coronavírus (Sars-CoV-2). Nos textos, os autores apresentam um modelo de crescimento para a doença e uma análise da influência das condições metereológicas na transmissão da doença.

O primeiro artigo publicado, cujo título é “Can we predict the occurrence of Covid-19 cases? Considerations using a simple model of growth” (Podemos prever a ocorrência de casos de Covid-19? Considerações usando um modelo simples de crescimento), apresenta um modelo de crescimento mais adequado que o exponencial para o acompanhamento dos casos em diferentes países do mundo, segundo os autores. “No artigo, esse modelo de crescimento é apresentado e se demonstra que ele reproduz com muita fidedignidade os casos observados em diferentes países Europeus e na China. No entanto, mostra-se, também, que a predição dos casos é bastante difícil, uma vez que a adoção ou não de medidas visando a diminuição da disseminação (quarentena, distanciamento social, melhoria de práticas de higiene pessoal e uso de máscaras) pode mudar constantemente o comportamento da ocorrência dos casos”, explicam.

O segundo artigo, intitulado “The role of meteorological conditions in Covid-19 transmission: a case study for the most affected Brazilian cities” (O papel das condições metereológicas na transmissão de Covid-19: um estudo de caso para as cidades brasileiras mais afetadas), produzido em cooperação com professores da Universidade Federal do Paraná, analisa como fatores climáticos influenciaram a taxa inicial de disseminação dos casos em algumas grandes capitais brasileiras. 

Foram analisados os casos ocorridos em São Paulo, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro e Manaus, grandes epicentros, até aquele momento, da doença no país. As conclusões do estudo mostraram que a disseminação do vírus foi influenciada principalmente pela associação de temperatura e umidade médias das cidades analisadas. “Esse resultado é mais apropriado para tomadas de decisões em nosso país pois, essa informação havia sido levantada, em grande parte, para países de climas distintos do nosso”, assinalam os pesquisadores.

Os professores participam, há mais de 20 anos, do Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (GFASCA) do Defis-UEPG, que é formado por quatro professores efetivos do Defis e forma de pesquisadores em estudos associados a Solos e problemas associados ao seu uso. Os pesquisadores do grupo colaboram com outros centros de pesquisa espalhados pelo mundo e seus egressos têm se destacado em várias oportunidades. “A última delas foi em relação à contribuição nas pesquisas para a análise das espículas desse novo coronavírus, realizada pelo pesquisador Wellington Claiton Leite, no Oak Ridge National Laboratory”, contam.

Os artigos estão disponíveis nos links: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969720323512 e https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969720326073?dgcid=coauthor

Texto:  Adaptado do original de divulgação    Fotos: Luciane Navarro


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