UEPG celebra Dia da Araucária com doação e plantio de mudas

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) participou no Dia da Araucária, 07 de junho, da entrega e plantio de 30 mudas doadas para a Prefeitura de Ponta Grossa. As mudas da espécie Araucaria angustifolia, conhecida como Pinheiro do Paraná, foram entregues já com aproximadamente 2 metros de altura. O plantio foi realizado no Bosque das Araucárias no Campus Uvaranas e bosque do Bairro Cará-Cará, na região do Parque dos Pinheiros.

A iniciativa partiu do professor Carlos André Stuepp, responsável pelo Viveiro Florestal da UEPG, e do Deputado Goura Nataraj, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná. Também participou da iniciativa o vereador Dr. Erick, que viabilizou a parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O Viveiro Florestal é uma parceria entre o Colégio Agrícola Augusto Ribas e os Departamentos de Fitotecnia e Fitossanidade e de Biologia Geral, que viabiliza projetos de pesquisa, ensino e extensão. Atualmente, o Viveiro coordena pesquisas genéticas e criação de mudas para estudo e distribuição. O projeto ainda presta consultoria para quem tiver dúvidas ou problemas ambientais.

O coordenador, professor Carlos, comenta que a procura de órgãos públicos pelo Viveiro aumentou, numa tentativa de catalisar as demandas socioambientais. “Através desta parceria, tentamos difundir a temática do meio ambiente, principalmente da araucária”, reforça. As araucárias estão ameaçadas de extinção devido ao crescimento das cidades, corte desenfreado e desregulamentado, com menos de 3% da sua formação original.

O vereador Dr. Erick deu início ao evento e mencionou a importância da saúde estar sempre alinhada das questões ambientais. “Só é possível ter uma sociedade saudável se tivermos uma sincronia muito boa entre comunidade e meio ambiente”, enfatizou. Ele também celebrou a iniciativa da Universidade. “A UEPG nos traz grandes novidades em pesquisa científica, clonagem e seleção de espécimes bem desenvolvidas, com boa carga genética, tudo isso através do Viveiro”, afirma.

O deputado Goura participou do plantio e enfatizou questões políticas alinhadas à araucária. “Quando lembramos da Constituição Brasileira, vemos que a salvaguarda do meio ambiente é dever público e da sociedade, e isso deve ser tratado com seriedade e urgência, sem ser dissociada de todos os outros aspectos da nossa vida”, reforça.  O plantio simbólico de uma muda grande de araucária foi celebrado pelo parlamentar, que enfatizou o foco em recompor a cobertura florestal do Paraná, aliada ao desenvolvimento econômico e preservação de seus remanescentes.

Durante o evento, ele ainda afirmou que o plantio das mudas do Viveiro são extremamente relevantes. “Precisamos pensar na expansão deste projeto para que possamos distribuir mudas para a arborização urbana de Ponta Grossa e os arredores, fortalecendo a visão de que a mata em pé é muito mais importante do que destruída”, afirma. O deputado Goura também pontuou que a tomada de consciência ambiental é fruto de décadas de desmatamento e desregulamento. “Se não tivermos uma política ambiental sólida, forte, não temos futuro, não temos economia”, completa.

A pró-reitora de Planejamento (Proplan) da UEPG, Andrea Tedesco, enfatizou a preocupação da instituição com questões ambientais pela instituição, com criação da Diretoria de Gestão Ambiental (DGA), que realiza ações de diagnósticos de passivos ambientais, tentativas de regularização, licenciamentos e ações voltadas ao plantio e manutenção de árvores. “Dentro da lógica de planejamento sustentável, hoje o plantio só pode ser feito com autorização da Proplan e da DGA, tornando isso algo correto e consciente”, reforça. Com a medida, a Pró-reitora afirma ser possível a diminuição de cortes desnecessários, para um reflorestamento estratégico e racional dos Campi.

Audiência Pública

A união de forças também foi enfatizada pela Audiência Pública “Conservação da Araucária no Ambiente Urbano”, na Câmara Municipal de Ponta Grossa, no mesmo dia. O encontrou discutiu a regulamentação do plantio, conservação e corte da espécie. “A cidade está crescendo na horizontal e os bosques e áreas de preservação estão diminuindo cada vez mais, dando lugar a prédios e empreendimentos”, lamenta Erick.

A discussão sobre política em torno das araucárias também considerou assuntos como planejamento urbano e educação socioambiental. Goura reforçou o vínculo entre a natureza e todos os outros aspectos cotidianos. “Não dá pra falar de educação ambiental como se fosse algo separado da vida, da economia, da moradia, da atividade agrícola. O meio ambiente e a luta pelo meio ecologicamente equilibrado deve ser transversal a tudo o que fazemos”, finaliza.

Texto e fotos: Amanda Santos

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