Professora da UEPG assume presidência da Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa

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Neste mês, a professora Milene Zanoni da Silva foi eleita para o cargo de presidente da Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa (Abratecom), na gestão 2021-2023. A professora atua no departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A assembleia da instituição que reúne terapeutas comunitários aconteceu em 02 de setembro, durante o VIII Congresso Internacional e XII Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa. A professora Milene ocupava o cargo de vice-presidente da Abratecom e agora passa a assumir o cargo mais alto da associação, com uma diretoria composta por pessoas de várias regiões do país.

Para a UEPG, a representação na entidade é uma oportunidade de parcerias para pesquisa, formação e projetos. “Temos parcerias com a Organização Panamericana da Saúde (Opas), Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa, Ministério da Saúde, Observatório Nacional de Práticas Tradicionais, Complementares e Integrativas, com o IdeiaSUS da Fiocruz, e com várias outras instituições”, conta Milene. “A partir desse momento, se abrem possibilidades de levar a UEPG para esses espaços, o que traz desenvolvimento local e regional, tanto para a população, quanto para o fortalecimento de uma Universidade inclusiva, promotora da saúde, que acolhe a diversidade e que promove efetivamente caminhos saudáveis para que todos e todas possam se desenvolver enquanto seres humanos, cidadãos e profissionais”.

Milene possui graduação em Farmácia e especialização em Saúde Coletiva pela UEPG, mestrado e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É terapeuta Comunitária formada pelo Hospital de Clínicas.

Terapia Comunitária Integrativa

A terapia comunitária é uma prática de cuidado em saúde mental. “É uma prática que não é medicalizante nem patologizante, a gente trabalha de uma forma coletiva com os recursos que cada indivíduo tem, para que as pessoas consigam resgatar sua auto-estima, despertar para aquilo que tem de bom dentro delas”, explica Milene. “É uma metodologia que transforma carências em competências”.

“Dentre todas as práticas integrativas inseridas no SUS, é a única que é brasileira”. Na década de 1980, a terapia comunitária surgiu de uma iniciativa do professor Adalberto Barreto, na Favela do Pirambu, no Ceará. “A Terapia Comunitária tem quase 40 anos, e hoje está no Brasil e no mundo todo, nos cinco continentes, em 27 países”, conta a professora.

A Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa existe há 17 anos e congrega uma rede de terapeutas comunitários. “Na pandemia, a gente tem feito um trabalho enorme em parceria com a Associação de Psiquiatria Social, Ministério da Saúde e várias outras instituições, fazendo rodas de terapia online”, lembra. “Já atendemos milhares de pessoas no mundo todo, principalmente no Brasil e América Latina, para acolher o sofrimento das pessoas em tempo de pandemia”.

Texto: Aline Jasper | Foto: Arquivo pessoal


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