Nesta quinta-feira (28), o curso de Farmácia da UEPG recebeu 35 protetores faciais para os estagiários do 5º ano que atuarão em postos de combate ao Coronavírus. Os equipamentos de proteção individual foram produzidos por voluntários da UEPG, UTFPR e Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a partir do projeto que é coordenado pelos docentes da UEPG Benjamim de Melo Carvalho e Maurício Zadra Pacheco.
Conforme a decisão do Conselho Universitário, os acadêmicos do último ano de Farmácia podem retomar os seus estágios, desde que estejam em atividades diretamente voltadas ao Covid-19. “Temos alunos que vão ajudar na produção de álcool e outros saneantes necessários para prevenir a transmissão, acadêmicos que vão auxiliar no diagnóstico de Covid-19, tanto no laboratório do Hospital Universitário, quanto em outros laboratórios, e também alunos que vão estar em Unidades de Atenção Primária à Saúde, fazendo a triagem e o monitoramento dos casos. Nesse momento, eles irão sair um pouco dos seus campos de estágios tradicionais para trabalhar no enfrentamento da pandemia”, explica a coordenadora do curso, professora Ana Veber.
Segundo o professor Benjamim, já foram produzidas, aproximadamente, 3.100 máscaras pela UEPG. O projeto também conta com a parceria de um grupo de Castro que desenvolveu mais 1.300 equipamentos. “Considerando as duas equipes, já fizemos mais de 4.000 máscaras. Com essa grande capacidade de produção, conseguimos atender as demandas mais emergenciais”, conta. Segundo o docente, o grupo busca novas parcerias para continuar com o projeto. “Estamos abertos a outras oportunidades para atender às demandas. Vamos conversar com algumas empresas que possam nos apoiar, para prosseguir com a produção. Recentemente, fizemos uma parceria com a Electrolux, que vai repassar 400 protetores faciais, produzidos por eles, para doações”, afirma.
Benjamim explica o procedimento para garantir o controle na entrega dos equipamentos. “Nós recebemos as demandas e estabelecemos um protocolo, a partir de um documento que é fornecido para a solicitação de máscaras, com o número necessário e os profissionais que irão utilizar. Além disso, temos também um protocolo de recebimento, para garantir que as máscaras cheguem aos profissionais que de fato necessitam, e para que não haja nenhum uso indevido”, diz. O protocolo é realizado em conjunto com o Gabinete da Reitoria e fiscalizado pelo grupo que coordena o projeto e pelo professor Rauli Gross Junior, Chefe de Gabinete. “Fazemos esse controle e temos todo o registro documentado em uma planilha, com o local e a quantidade de máscaras doadas”, finaliza.
Texto e fotos: Vanessa Hrenechen