Como conta a professora Pollyanna Borges, coordenadora do programa, o projeto de extensão contempla três atividades: atenção às unidades básicas de saúde, atenção às divisas do Paraná e a central de teleatendimento (Call Center). No caso das UBS, a atuação dos profissionais deve contribuir com as equipes das unidades, tanto no atendimento a casos de Covid-19 quanto nas demandas de rotina. “Faz muita diferença no atendimento. São profissionais qualificados, formados, que têm vivência de trabalho e estão aí para ajudar as equipes já formadas. É uma complementação dos serviços que já existem”, explica. A professora Pollyanna ressalta ainda o apoio da UEPG na formação desses profissionais, com capacitações sobre fluxos de atendimento, paramentação, protocolos e demais informações sobre o atendimento a casos suspeitos de Covid-19.
“A UBS é a porta de entrada dos pacientes. Temos uma importante função: além de descobrir casos suspeitos, tomamos medidas para que se evite a contaminação comunitária e a transmissão do vírus. Monitoramos os casos leves e também fazemos o encaminhamento dos casos mais graves para as unidades responsáveis por esse atendimento”, descreve a enfermeira Angela Chastay, uma das profissionais que está atuando no projeto. Segundo ela, o reforço é importante tanto para os profissionais de saúde, sobrecarregados neste momento de pandemia, quanto para a população, que deve receber o atendimento com maior rapidez.
O técnico em enfermagem Manoel Henrique Galvão Antunes conta que a atuação vai trazer não só uma contribuição para a formação profissional e carreira, mas também para a vida. “Não adianta sermos excelentes profissionais, mas só da porta para dentro do hospital. Então, se estão precisando de ajuda, de profissionais de saúde, vamos lá. Não adianta guardar nosso conhecimento, nossa prática, e deixar as pessoas padecerem a troco de nos preservarmos. Assim, conseguimos nos preservar e preservar muita gente”, enfatiza.
O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e a da Secretaria de Estado da Saúde (SESA). A UEPG coordena os polos de Ponta Grossa (professora Pollyanna Borges e professora Fabiana Mansani), Curitiba e região metropolitana (professor Giovani Marino Favero, da UEPG; e Rafael Gomes Ditterich, da UFPR) e Paranaguá (professora Carla Luiza da Silva, UEPG; e Sebastião Cavalcanti Neto, Unespar).
Texto: Aline Jasper | Fotos: Luciane Navarro e Divulgação/Profissionais de Saúde