Projeto da UEPG leva a história e pesquisas de mulheres cientistas a colégio

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Projeto da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aproxima cientistas e estudantes de Ensino Médio. “Mulheres Cientistas e suas Pesquisas” levou pesquisadoras da UEPG e de universidades parceiras para o Colégio Estadual João Ricardo von Borell du Vernay, nos dias 20 e 21 de junho, para falar sobre o trabalho que desenvolvem e os desafios enfrentados pelas mulheres no meio acadêmico.

O objetivo da ação foi trazer aos alunos a trajetória profissional de doze professoras da UEPG e três convidadas de outras universidades e apresentar as pesquisas desenvolvidas por elas. O projeto integra o Programa SBPC vai à Escola, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cujo intuito é despertar o interesse das crianças e adolescentes pela ciência por meio de ações de divulgação científica em escolas públicas de todo o Brasil. “Mulheres Cientistas e suas Pesquisas” é coordenado pelas professoras Christiane Philippini e Leila Follman Freire, do Departamento de Química (Dequim), e Bettina Heerdt, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Durante os dois dias de atividade, os estudantes do Borell dialogaram com as pesquisadoras e aprenderam sobre o processo de produção científica. A ação integra uma série de atividades que o projeto “Mulheres Cientistas e suas Pesquisas” desenvolve no Colégio, dentre elas, uma exposição de fotografias e obras plásticas de artistas da UEPG que contam a história das pesquisadoras da Universidade e uma apresentação do Grupo de Teatro Científico da UEPG (GTC), com a peça “A que faz”, em maio.

A professora Christiane Philippini destaca que um dos objetivos centrais da atividade é aproximar a ciência da realidade dos estudantes e apresentar a carreira acadêmica como possibilidade profissional, sobretudo para as meninas. “Mostramos a rotina de uma pesquisadora e os desafios que as mulheres enfrentam nesse meio. Toda vez que a gente acende nos jovens a luz da ciência, já é um sucesso, e eu observo que conseguimos fazer isso em vários deles”, celebra a professora.

“Como professora universitária e pesquisadora, ver as pesquisas feitas por mulheres, nas mais diversas áreas de conhecimento chegando aos estudantes e mostrando que a Ciência é uma possibilidade profissional é uma realização profissional para mim”, comenta a professora Leila Inês Follman Freire, também coordenadora do projeto. Para ela, o contato das crianças e adolescentes com a produção de conhecimento científico de alto nível estimula a continuidade dos estudos e permite sonhar com diferentes oportunidades profissionais.

Para as pesquidadoras da UEPG, participar da discussão com os alunos do Borell proporcionou a divulgação das atividades que as mulheres desenvolvem dentro da Ciência e junto delas, demonstrou  toda a luta, coragem e força dessas pesquisadoras. “A atividade serviu de inspiração para todos os ouvintes, em especial as meninas. Pois na vida sempre temos pessoas que nos direcionam a ser melhores e a procurar os nossas habilidades. Os professores, que também são cientistas, tem grande importância em nossas escolhas”, destaca a professora Karin Hornes, do Departamento de Geociências da UEPG.

Participaram da atividade com os estudantes as professoras Adriana Scoton Chinelatto, do Departamento de Engenharia de Materiais; Andressa Novatski, do Departamento de Física; Deise Rosana Simões, do Departamento de Engenharia de Alimentos; Karen Wohnrath, Marilei Casturina Sandri, Mariza Boscacci Marques e Sandra Masetto Antunes, do Departamento de Química; Karin Hornes e Maria Ligia Cassol Pinto, do Departamento de Geociências; Maria Albertina de Miranda e Viviane Koga – DEBIO; e Maria Cristina Baranoski, do Departemento de Direito Processual.

As professoras Rita de Cassia dos Anjos e Jaísa Fernandes, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Beate Seagesser Santos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participaram da atividade por meio de vídeos em que apresentam suas trajetórias profissionais e as pesquisas que desenvolvem. “É sempre uma oportunidade ímpar partilhar nossas pesquisas e motivar os alunos. A carreira científica é muito gratificante, mas tem seus desafios, então o incentivo é essencial”, explica a professora Rita de Cássia, do curso de Física da UFPR. Ela reforça que quando a sociedade entende o trabalho científico, “evitamos fake news e mostramos a importância que ciência tem para o desenvolvimento da humanidade”.

Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Arquivo pessoal

 


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