A Incubadora de Empreendimentos Solidários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (IESol/UEPG) promove campanha para arrecadar fundos para os grupos incubados e assessorados. O valor arrecadado é para auxiliar nas despesas de manutenção de aluguel, água, luz, compra de materiais de produção para venda, dentre outras necessidades.
Com a pandemia da Covid-19 e as medidas de isolamento, a IESol e os grupos de economia solidária optaram por reduzir o trabalho para evitar o contato e aglomeração. Diante do isolamento, as fontes de renda foram prejudicadas.
A professora do curso de Serviço Social da UEPG e coordenadora da IESol, Reidy Rolim, fala da importância da arrecadação do fundo para os grupos incubados. “O valor vai apoiar os grupos, fazendo com que eles tenham condições de comprar a matéria prima para o desenvolvimento e confecção dos produtos que comercializam. A vaquinha vai contribuir diretamente para a dinâmica coletiva dos grupos. Individualmente, ninguém vai receber dinheiro. A verba é para todas as questões coletivas. Vai para a associação ou os grupos”.
Fazendo isso, de acordo com Rolim, a IESol estimula a geração de renda em uma perspectiva de autogestão, de inclusão, com valores da solidariedade que vão além da perspectiva somente da filantropia. “A distribuição do valor arrecadado será feita pela equipe de planejamento e incubação, através das demandas frente ao contexto da pandemia. Auxiliando cada grupo conforme suas necessidades”, conta.
Para doar, é só acessar este link.
Trabalho da IESol em meio à pandemia
A IESol também tem ajudado os grupos intermediando ações que já existem na universidade, por meio de entregas de doações individuais, tanto para os grupos incubados quanto para grupos vulneráveis, e também por meio da conscientização sobre o novo coronavírus.
“Na medida em que a gente faz contato com os grupos vulneráveis que temos, catadores, feirantes, grupos da jardinagem e da agroecologia, abordamos sobre o perigo da Covid-19, a fim de desmistificar qualquer atitude negacionista da doença. E buscamos incentivar o uso do álcool em gel, da máscara e da importância de ficar em casa. Isso é uma ação que nós temos feito constantemente”, conta a coordenadora Reidy Rolim.
Conforme a professora, outra medida tomada foi manter as atividades referentes às bolsas dos alunos e alunas participantes da IESol, para ajudar nos recursos financeiros. “As atividades são realizadas virtualmente e as ações presenciais estão sendo desenvolvidas, essencialmente, pelos coordenadores, respeitando todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica.
Rolim acredita que, de forma geral, o impacto de auxiliar os grupos de economia solidária se reflete na sociedade. “Isso é importante em tempos de pandemia. Você fortalecer empreendimentos locais fortalece o desenvolvimento local, o que é bom para a cidade e para todo mundo. Por isso, a IESol igualmente acredita que a compra de produtos da economia solidária também fortalece a economia local”, finaliza.
Texto: divulgação Foto: Aline Jasper