

Em reunião na manhã desta sexta-feira (21), as Universidades Estaduais do Paraná, por meio da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), apresentaram à Casa Civil do Paraná uma proposta de correção das distorções no plano de cargos dos agentes universitários de apoio. A proposta foi elaborada pelos pró-reitores de Gestão de Pessoas, aprovada pelos sindicatos mistos da categoria e intermediada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).
“A proposta de correção das distorções do plano de cargos dos agentes universitários de apoio nasceu de uma reivindicação dos profissionais e, também, de uma angústia da equipe de pró-reitores por não ter conseguido uma igualdade maior para essa categoria dos nossos servidores que é tão importante para as instituições”, conta a professora Eliane Rauski, pró-reitora de Gestão de Pessoas da UEPG e uma das autoras da proposta. Ela explica que foram realizados estudos e cálculos para identificar os pontos em que haviam distorções nos reajustes salariais dentre as classes dos agentes. “Identificamos alguns gargalos bem significativos. As classes iniciais, do 1 ao 10, tiveram um aumento bem maior até 2023, enquanto que a classe 18 teve um aumento de 5,79%, que foi exatamente o valor da inflação”, relata. “Com esses elementos identificados pelos cálculos estatísticos, nós procuramos colocar um percentual que atendesse essas categorias, com menor intensidade do 12 ao 15 e uma maior intensidade nos níveis 16, 17 e 18, de forma a corrigir as distorções e garantir um ganho mais equilibrado para os ocupantes dessas classes finais, a partir da da lei de cargos de agosto de 2023”.
“Hoje foi um momento muito importante para nós. Apresentamos à Casa Civil uma proposta construída com muito cuidado e diálogo para adequar o plano de cargos dos agentes universitários operacionais, os mais impactados por distorções acumuladas ao longo dos anos”, comemora a pró-reitora de Recursos Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Joseane Nobre. Para ela, essa construção só foi possível graças a uma articulação dos pró-reitores de gestão de pessoas das universidades, com apoio dos reitores, da Apiesp e da Seti. Assim, chegou-se a uma proposição equilibrada e viável. “O resultado é uma proposta robusta, construída de forma unânime, que busca corrigir desigualdades e valorizar quem sustenta o dia a dia das universidades. Ver esse acolhimento por parte da Casa Civil nos dá esperança de um avanço real para essa carreira tão essencial”.
Participaram da reunião representantes das Universidades Estaduais, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Casa Civil do Paraná e dos sindicatos mistos das universidades do estado.
Texto e fotos: Aline Jasper