Professores da UEPG estão entre os mais influentes do mundo

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Três professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, segundo o ranking Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, publicado pela Editora Elsevier: Luiz Fernando Pires, do Departamento de Física, Alessandro Loguercio e Alessandra Reis, do Departamento de Odontologia. O ranking é resultado da avaliação de produções científicas de mais de 400 mil cientistas de instituições de todos os continentes.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, analisaram a produção científica dos autores por meio de registros de mais de 85 milhões publicações do banco de dados Scorpus, que reúne resumos e citações científicas, revisadas até 2022, por profissionais das mesmas áreas.

O professor Luiz Fernando Pires está na posição 29ª no Brasil e 1746ª no mundo. Na UEPG, ele trabalha na área de Física Ambiental, com ênfase no uso de técnicas avançadas na caracterização de meios porosos. O docente realiza pesquisas nos Programas de Pós-Graduação em Ciências/Física em Geografia. “Esse ranking possui alto impacto no mundo sobre produção científica de pesquisadores. Fazer parte desta lista é muito importante, porque mostra que o meu grupo tem realizado pesquisas de alto impacto científico”, destaca.

Luiz ressalta que o trabalho é coletivo, com pesquisadores e principalmente estudantes de graduação e pós-graduação, além de parcerias científicas que mantém no país e no exterior. “Acredito que estar neste ranking possibilita o estabelecimento de novas parcerias, além de contribuir para a aprovação de projetos para financiar as minhas pesquisas”. Apesar dos desafios e concorrência cada vez maiores, o professor se diz grato por estar entre os melhores do mundo, já que é o terceiro ano consecutivo que seu nome consta no ranking da Elsevier. “Fazer parte desse ranking pode facilitar no sentido de obter financiamento e internacionalizar ainda mais as minhas atividades de pesquisa”.

“É uma honra imensa ter sido indicada mais uma vez como uma das pesquisadoras mais influentes do mundo. Essa nomeação é um reconhecimento não apenas do meu trabalho, mas também do compromisso incansável de toda a equipe de pesquisa da UEPG”, comemora a professora Alessandra Reis, que ocupa a posição 16º no Brasil e 439º no mundo. A docente do Departamento de Odontologia pesquisa sobre clareamento dental e adesão dentária após restaurações. “Essa conquista é um lembrete da importância da colaboração e da dedicação à busca do conhecimento. Também é uma responsabilidade, pois me incentiva a continuar contribuindo para o avanço da ciência e da sociedade”, acrescenta.

O mais bem colocado da UEPG no ranking é o professor Alessandro Loguercio, que também atua no Departamento de Odontologia e estuda adesão dentária. Na posição 14º no Brasil e 405º no ranking geral, ele destaca que é gratificante estar entre os pesquisadores mais influentes do mundo. “Enquanto pesquisadores, temos que ter o compromisso de fazer com que as pesquisas que a gente realiza, na iniciação científica, no mestrado e no doutorado, causem  impacto na população”. Não é a primeira vez que Loguercio aparece em listas de pesquisadores influentes. “Toda vez que a gente é citado significa que alguém ao redor do mundo leu o nosso trabalho, achou que ele era valoroso e passou a replicar para alunos e pacientes”. Ter destaque internacional é sempre importante, segundo o professor. “Isso mostra que o trabalho que é feito aqui na UEPG, uma universidade do interior do Estado, tem uma relevância a nível mundial

Indicações recorrentes

Não é a primeira vez que professores da UEPG ganham destaque em rankings internacionais. Em março deste ano, o professor Eduardo Fávero Caires foi indicado como um dos mais influentes pela Research.com, que classifica cientistas mais citados nas suas áreas de estudo. O mapeamento se baseia em citações encontradas em fontes de dados, como OpenAlex e CrossRef, e colocou o docente como 51º mais influente do Brasil em sua área. Pesquisador de Agronomia, ele se dedica a estudar a fertilidade do solo. “O estudo está relacionado com a correção da acidez, adubação e melhoria do perfil do solo, visando o maior crescimento do sistema regular das plantas”, explica.

O trabalho envolve o estudo de aplicação de calcário em áreas de plantio direto que não revolvem o solo durante o manejo. “Conseguimos um avanço grande nessa linha, associando o uso de gesso para melhoria do subsolo, crescimento do sistema radicular das plantas e da absorção de mais água e nutrientes”. O reconhecimento também vem porque Eduardo diz amar o que faz. “Não há nada melhor na vida do que fazer aquilo que você gosta. E tem sido muito gratificante ser professor de Agronomia aqui da UEPG, formando profissionais de alta qualidade”.

 

Texto e fotos: Jéssica Natal


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