Nesta segunda-feira (02), o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, recebeu uma homenagem e foi condecorado com a medalha “Heróis dos Campos Gerais” na comemoração dos 120 anos do 1º Batalhão de Polícia Militar.
“A medalha é um reconhecimento do trabalho de toda a UEPG em prol da comunidade e da polícia militar dentro das nossas parcerias. Os nossos projetos visam maior segurança no bairro de Uvaranas através da base da polícia militar no campus e também, o auxílio à saúde dos agentes a partir de um projeto de extensão realizado na instituição. Queremos fazer uma universidade mais presente nas diversas instituições e segmentos da sociedade”, afirma o reitor.
A atual gestão vem realizando um conjunto de ações com o objetivo de aumentar a segurança no local. Com o projeto Rota Segura foram realizadas as trocas das câmeras de segurança, a instalação de novos postes de iluminação led, o trabalho de jardinagem para que o mato não se alastre, as rondas constantes com carros e motos de vigilância em locais menos movimentados e a instalação da base da Polícia Militar no campus de Uvaranas.
Além disso, em 2019, a UEPG fechou parceria com os Policiais Militares (PM) do 1º Batalhão para realizar os exames de saúde dos agentes da corporação. O Projeto de Extensão, coordenado pela professora Márcia Viviane Marcon, envolve professores e alunos do curso de Farmácia e atenderá, em média, 700 policiais da região.
Para definir o perfil completo dos agentes, os acadêmicos de farmácia também aplicarão um questionário referente ao estado físico, emocional e nutricional deste grupo. “São perguntas sobre a prática de esportes, os hábitos de vida, o nível de estresse no dia a dia e também quais os alimentos que eles mais consomem, se possuem uma dieta regular e quantas refeições fazem diariamente, por exemplo”, conta Márcia.
De acordo com o chefe de gabinete da reitoria, professor Rauli Gross, no Brasil faltam dados e análises sobre a saúde dos policiais. “Com o mapeamento, o curso de Farmácia pode desenvolver pesquisas, trabalhos e estudos referentes a esse grupo específico. É importante lembrar que a profissão de policial e bombeiro gera um nível de estresse que pode interferir no sono e na alimentação deles. Com a pesquisa, será possível dizer de que forma a rotina de trabalho interfere na qualidade de vida dos agentes”.
Para a definição dos grupos, os PM’s serão divididos de acordo com cada mês de aniversário. “Com o resultado dos exames é possível tratar possíveis patologias mas, também trabalhar de forma preventiva para evitar a manifestação de determinadas doenças”, reforça Rauli Gross. Conforme explica a coordenadora do projeto, a intenção é que a pesquisa seja aplicada em outras regiões do país. “Nós somos pioneiros nesse tipo de estudo e pretendemos compartilhar o modelo com outras Universidades”, finaliza a docente.