A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), através do Curso de Engenharia Civil, recebeu na manhã da última quarta-feira (22) parceiros que participarão do Projetek. O objetivo foi promover uma conversa e alinhar ações e responsabilidades para o desenvolvimento do projeto.
A proposta é implantar no curso de Engenharia Civil da UEPG um Escritório de Engenharia Modelo, composto por alunos bolsistas de cursos de Engenharia Civil e Arquitetura, bolsistas técnicos e professores supervisores.“A gente se sente muito orgulhoso de estar participando desse projeto, que é o piloto e que vai impactar diretamente no desenvolvimento dos nossos municípios da região, mostrando esse papel que a Universidade tem de poder ser parceira de diversos órgãos de diversos municípios”, destaca o Reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto.
O Escritório terá a função de elaborar projetos arquitetônicos e complementares – estruturais, de instalação elétrica, incêndio, etc – para municípios de pequeno porte, com menos de 30 mil habitantes, que não possuem dentro da sua equipe técnica profissional para a execução desse tipo de projeto. “Muitas vezes esses pequenos municípios perdem financiamentos, porque não conseguem providenciar toda a documentação de acordo com as exigências dos editais. A UEPG então vai fornecer um pacote finalizado com projeto memorial descritivo e quantitativo, essa é a proposta”, explica a professora Patrícia.
No projeto, a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) irá apontar as principais demandas dos municípios contemplados. Dos 19 municípios da região de abrangência, 14 serão atendidos pelo Projetek: Arapoti, Carambeí, Curiúva, Imbaú, Ipiranga, Ivaí, Ortigueira, Piraí do Sul, Porto Amazonas, Reserva, São João do Triunfo, Sengés, Tibagi e Ventania. A Fauepg, por sua vez, será a interveniente, ou seja, terá o papel de gerenciar os recursos recebidos.
O Projetek tem o objetivo de atender às demandas de empreendimentos públicos para pequenos municípios e é fruto de uma parceria entre a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Paranacidade e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedu). Além, disso, conta com associações dos municípios e instituições de ensino, como é o caso da UEPG.
Projeto ganha-ganha
Para o Reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, o projeto se fortalece na característica de inserir professores e alunos junto à comunidade, tanto por prestar um serviço quanto pela aprendizagem proporcionada. “É um projeto ganha-ganha: ganha a comunidade, ganha a Universidade”, enfatiza.
A professora Patrícia destaca a importância do projeto para a formação acadêmica e pluralidade de campos de trabalho: “Quando a gente coloca acadêmicos e engenheiros formados dentro de um escritório, a gente está criando um grupo de profissionais diferenciado. É difícil dentro de um curso de graduação regular, formar um engenheiro que vá trabalhar em órgão público (…) e o perfil de um engenheiro que presta serviço para um órgão público é diferente de um engenheiro que trabalha numa empresa privada. São dois mundos distintos”, destaca a professora. “Eu tenho certeza que todos juntos poderemos fazer a diferença nessa área de projetos da nossa região”, pontua o Reitor.
O Projetek
O Projetek é um projeto do Governo do Estado para implantação de escritórios de projetos de engenharia nas Universidades Estaduais do Paraná, a fim de atender demandas de municípios de pequeno porte, da região onde se localizam os câmpus das Universidades.
O aporte financeiro destinado ao Projetek é de R$ 2,45 milhões oriundos do Fundo Paraná de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, gerido pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A verba, conforme edital, é destinada à adequação de espaços físicos, aquisição de equipamentos e custeio de bolsas para estudantes e profissionais de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo.
A iniciativa visa incentivar o desenvolvimento socioeconômico paranaense, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços. A tecnologia que será utilizada pelos escritórios será a tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção, em tradução livre). Essa tecnologia envolve técnicas e processos que possibilitam atuação simultânea e colaborativa das áreas envolvidas nos projetos de edificações e instalações.
Texto e fotos: Cristina Gresele