No último domingo (15), o Clube da Robótica, empresa do Hub de Inovação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), participou da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O Clube levou levou 11 alunos, entre 6 e 14 anos, para a competição que ocorreu de maneira on-line. A participação rendeu o segundo e terceiro, para os alunos do primeiro ao 8º ano do ensino fundamental, além do sexto lugar para alunos do ensino médio e técnico. 
O CEO do Clube, Evandro Kafka, comemora o desempenho dos alunos. “Conseguimos uma colocação muito boa, a gente espera que nos próximos anos eles consigam desempenhos ainda melhores”. A OBR acontece em duas modalidades – a primeira é a teórica, que é similar às Olimpíadas de Física e Matemática, onde os alunos precisam resolver uma prova. A segunda é a modalidade prática, a qual o Clube participou. Nesta modalidade, os alunos têm como objetivo construir um robô que, em um ambiente simulado, faz o resgate de vítimas. “Esse robô precisa percorrer um caminho em uma pista até chegar na área, resgatar as vítimas e sair do local com segurança”, explica.
Durante o resgate, o robô precisa superar alguns obstáculos, como rampas, redutores de velocidade e falhas na demarcação da pista. Toda a dinâmica é feita em ambiente virtual. “A organização da OBR montou os robôs e passou os parâmetros para que os alunos fizessem a programação”, conta Kafka. O grupo levou cerca de 3 meses de trabalho e preparação para a competição.
Vitor Inácio Borges, de 14 anos, é um dos alunos que participou da Olimpíada. Para ele, o aprendizado em programação o fez pensar fora da caixinha. “Não esperava que eu ficaria entre os 10 colocados de 35 pessoas, fiquei muito feliz com isso!”, comemora. Vitor explica que a competição foi muito intuitiva. “Me ajudou a fazer amigos e a conhecer mais sobre essa área de competições regionais, trabalho em grupo e principalmente persistência”.
A mãe de Vitor, Pollyana Borges, conta que foi indicada ao Clube da Robótica antes do grupo se unir à UEPG, por uma mãe que já havia utilizado os serviços da startup. “Guardei a indicação na memória. Mas, como o Vitor fazia várias atividades complementares antes da pandemia, fui esperando”. Quando a pandemia começou, exceto o inglês, as demais atividades complementares foram suspensas. Foi então que Pollyana entrou em contato com o Clube da Robótica. “Robótica tem sido um novo mundo descoberto. Começou com 1 aula por semana. Depois adquiriu as Robotbos (kits que o Clube monta para as crianças e familiares desenvolverem algum produto em casa). E, quando vi, o Vitor estava totalmente envolvido”, relembra.
Pollyana conta que o filho gosta tanto do Clube que conta os dias para a aula. “Eu não preciso lembrar sobre a aula. Na verdade ele fica chateado se eu aviso: hoje tem aula! “Mãe, eu sei”, dez ele. Fico entretida com meu trabalho remoto e, quando vou ver, meu filho está há horas na robótica. Feliz da vida”.
Etapa Nacional
A competição ainda não acabou. O Clube aguarda a confirmação oficial da participação na etapa nacional, que será divulgada a partir de 30 de agosto. Neste meio tempo, a equipe técnica da OBR fará a auditoria dos robôs e do andamento da competição. Se tudo for confirmado, a equipe que se classificou em segundo lugar irá competir nacionalmente. “A gente tem bastante confiança no resultado, nossa expectativa é continuar na preparação para a etapa nacional”, completa Evandro.
Texto: Jéssica Natal | Fotos: Arquivo Pessoal