Teresinha Semkiw, servidora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), voltou do recesso de 15 de novembro com uma surpresa em sua sala de trabalho. Um ninho de sabiás-laranjeira havia se formado em três dias. “A bagunça estava feita quando voltei”, conta a servidora.
A mãe dos filhotes fez seu ninho nos Arquivos da UEPG, dentro da sala de Teresinha. Logo os três passarinhos nasceram e ficaram por lá. Teresinha conta que mudou seu local de trabalho para não incomodar os filhotes e a mãe que parecia preocupada.
A servidora documentou todo o processo. “Tenho fotos deles desde pequenos”. Teresinha relembra que os filhotes andavam por todo o arquivo e se aproximavam dela. “Tem um deles que é muito esperto. Mas eu nunca vi nada assim antes, de fazerem ninhos tão próximos das pessoas”.
O professor de Biologia na UEPG e pesquisador de comportamento animal, Denilton Vidolin, explica que é comum essa aproximação dos sabiás-laranjeiras com os seres humanos, pois eles são bem adaptados ao ambiente urbano.
Após um mês do nascimento, os passarinhos já voavam até as janelas do Arquivo, que tem a altura de 2,40 metros. No dia 16 de dezembro, a família de sabiás-laranjeiras se mudou dos arquivos para uma árvore próxima.
Texto: Jessica Grossi, Cultura Plural | Adaptação: Aline Jasper | Foto: Teresinha Semkiw/Arquivo Pessoal