A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) sediou neste fim de semana (19 e 20) o 1º Seminário de Capacitação em Habitação de Interesse Social e Direito à Cidade. O encontro aconteceu no Grande Auditório do Campus Centro e reuniu autoridades universitárias, entidades da sociedade civil, moradores de Ponta Grossa e membros do Poder Executivo. Com o objetivo de debater sobre moradia digna, regularização fundiária e habitação de interesse social, o evento foi organizado Grupo de Estudos Urbanos e Regionais (Geur), em parceria com o o Grupo União por Moradia Popular.
“O Seminário é marco histórico, pois é uma grande oportunidade de encontro de vários agentes sociais e de representantes de importantes instituições que tenham um papel social em buscar soluções de uma problemática urbana, que é o déficit habitacional”, destaca o professor Edson Belo, coordenador do Geur e um dos organizadores do evento. “O direito à cidade é o direito à cidadania, garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e pela nossa Constituição Federal de 1988. Queremos, juntos, em prol de justiça social e do combate à desigualdade social uma cidade para todos e todas”.
O evento iniciou, na sexta-feira (19), com palestra do desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Fernando Antônio Prazeres, com o tema “Direito à Moradia e à Cidade”. No sábado (20), aconteceu mesa de debate entre autoridades, integrantes de movimentos sociais por moradia e membros do judiciário sobre problemas de habitação na cidade e medidas a serem encaminhadas para o poder público. O professor Edson Belo apresentou o cenário do déficit habitacional coletados pelo Grupo. “Estudar e compreender a produção do espaço urbano é revelar as contradições e seus agentes sociais promotores. A questão da moradia é um dos temas que investigamos, tendo em vista seus efeitos na sociedade”, explica.
Espaço para os pequenos
O 1º Seminário de Capacitação em Habitação de Interesse Social e Direito à Cidade recebeu muitas famílias acompanhadas de crianças. Para atender às crianças para que seus familiares pudessem participar das atividades do seminário, o Programa de Extensão e Pesquisa sobre Processos de Aprendizagem (PEP-Proa), do Departamento de Educação, em parceria com a organização do evento, abriu as portas do Laboratório Lúdico Pedagógico (Lalupe) para a realização de atividades com as crianças.
Durante o evento, alunos extensionistas do projeto desenvolveram diferentes atividades e brincadeiras no Laboratório. “Trabalhamos com a inclusão social, que no Lalupe se dá pela ludicidade e pelo direito ao brincar. Contribuímos com o compromisso social da universidade ao permitir a plena participação das mães e pais no Seminário, proporcionando o acesso a um espaço rico, com brincadeiras livres e orientadas para as crianças”, explica a coordenadora do PEP-Proa, professora Nelba Pisacco.
Texto e fotos: Gabriel Miguel e Jéssica Natal