Dedicação à docência e amor pela Medicina: a trajetória de Gilberto Baroni

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“Não sei porque decidi ser médico, mas desde muito jovem, sentia que era o que eu iria fazer”. O amor pela Medicina sempre acompanhou o professor Gilberto Baroni, que, desde cedo, passou a admirar e se dedicar à esta profissão. 

Formado em Medicina no ano de 1983, pela Universidade Federal do Paraná, Baroni também realizou duas residências médicas, na própria UFPR, antes de vir para Ponta Grossa. Chegando nos Campos Gerais, Baroni passou a atuar na Santa Casa de Misericórdia onde se tornou referência no atendimento.

“Conheço o doutor Baroni desde 1994, quando iniciamos trabalhando juntos na Santa Casa. Desde então, temos um relacionamento muito próximo, baseado na ética e com excelentes resultados técnicos como médico. O professor Baroni tem sua carreira baseada na ética nas relações pessoais e profissionais. É uma referência”, afirma o professor de Medicina da UEPG e diretor técnico do Hospital Universitário, Ricardo Zanetti.

A Diretora do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde, Fabiana Mansani, ressalta a importância do trabalho desenvolvido pelo professor Baroni no município e na UEPG. “Sei da importância da carreira dele como médico no nosso município e a diferença que ele sempre fez no atendimento aos pacientes e no serviço de nefrologia na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, e também, no Hospital Universitário. Ele também é muito relevante para a construção, o amadurecimento e sucesso do curso de Medicina da nossa UEPG”, destaca Mansani. 

Com a experiência no Curso de Medicina e na Nefrologia da Santa Casa, Gilberto Baroni se tornou uma das referências na cidade como um dos precursores dos Programas de Residência Médica. “Estou envolvido com residência médica desde 2004, pois faço parte do grupo que implantou o programa de clínica médica na Santa Casa. Por causa disso, me envolvi também com a residência médica do Hospital Universitário (HU), fazendo parte do time que implementou os diversos programas de residência no Hospital a partir de 2013”, relembra o professor.

O encontro com a docência

Após anos dedicados exclusivamente ao atendimento em hospitais, em 2011, Gilberto Baroni decidiu se tornar um professor de graduação, decisão esta que, ele lembra como um grande obstáculo.O início foi bastante desafiador, pois, embora já tivesse bastante experiência clínica, nunca havia me envolvido com ensino de graduação. Acho que era nítido que eu estava um pouco nervoso”, recorda com um sorriso.

Para o Diretor do Hospital Universitário, Sinvaldo Baglie, o “Doutor Baroni” é um dos alicerces da área de Medicina. “Para nós do Hospital Universitário, ele é um dos grandes profissionais que dão alicerce à nossa instituição. O professor atua em gestão, coordenações, é médico e professor na graduação e residência, o que mostra toda sua versatilidade e comprometimento com a UEPG. Lida com as pessoas de maneira profissional, mas sobretudo, de forma amável, sendo para nós um grande exemplo”, expressa.

Atualmente, o docente Gilberto Baroni é coordenador do curso de Medicina da UEPG, o que para ele é um motivo de aprendizado diário. “A experiência como gestor é positiva. O Departamento de Medicina é um grande desafio, com mais de 50 professores, e com nível de exigência muito alto. Gerir o departamento é interessante, mas conviver com os acadêmicos é o que mais me motiva”, destaca.

O acadêmico do segundo ano de Medicina, Felipe Camargo Ferreira, considera o professor Baroni como uma grande inspiração e afirma que é um professor muito atencioso, sempre disponível para esclarecer dúvidas. “É bem humorado, companheiro e compreensivo, principalmente com o nosso cansativo segundo ano. O professor Baroni sabe tornar mais agradável o processo de aprendizagem e incentivar o desenvolvimento dos alunos. Uma inspiração para os alunos de Medicina”, completa.

Em retrospectiva, o professor Gilberto Baroni avalia sua decisão em se tornar professor como uma escolha valorosa. “O ensino, que acabou fazendo parte da minha vida um pouco mais tarde, é um desafio novo a cada dia. O convívio com os outros professores, a troca de experiências com eles, a cobrança dos acadêmicos, tudo isto traz um aprendizado a cada dia”, considera o docente. Para ele, ambas as profissões, médico e professor, são paixões que valem uma vida. “A profissão médica e o ensino, são ambas apaixonantes. Vale a pena dedicar a vida a elas”, conclui.

Texto: Julio César Prado     Apuração: Luciane Navarro     Fotos: Fabio Ansolin


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