Alunos do Setor de Engenharias, Ciências Agrárias e Tecnologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Secate-UEPG) iniciaram, na última sexta-feira (20), a entrega dos alimentos arrecadados pelo Trote Solidário. Durante os primeiros dias do ano letivo de 2022, o Secate promoveu diversas atividades de integração e acolhida aos novos alunos, entre as quais a arrecadação de alimentos, que contabilizou 1,7 tonelada de alimentos não perecíveis, a fim
O Secate contempla os cursos de Engenharia Civil, Engenharia de Software, Engenharia de Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Alimentos, Agronomia e Zootecnia. O trote solidário deste ano reuniu aproximadamente 350 calouros e contou com mais de 70 pessoas na organização, entre professores, funcionários, alunos e membros dos Centros Acadêmicos, da Atlética Los Bravos, dos Programas de Educaçao Tutorial (PETs) e das Empresas Júnior (EJs). Na sexta-feira (20), a primeira parte do alimentos arrecadados foram entregues ao Ministério Bem Viver, instituição que atende e trabalha na reinserção social de homens em situação de rua.
O Pastor Marcel de Geus, responsável pelo Ministério Bem Viver, recebeu as doações, que serão destinadas aos 60 homens atendidos pelo Ministério, bem como suas famílias. O pastor explica como funciona o trabalho da instituição: “Eles saem da
Geovanna avalia que o objetivo do Trote Solidário, para além de receber os novos alunos, espera acolher e ajudar pessoas que possam estudar na UEPG no futuro. “Como Atlética Los Bravos, tentamos inserir mais o esporte nessas instituições de crianças, jovens e adultos pra mostrar que a Universidade é de todo mundo e que todo mundo pode entrar, estudar e participar de uma atlética. Estamos dentro
Nesta semana, a outra parte das arrecadações do Trote Solidário será entregue à instituição Francisclara – Resgate da Criança e da Família, que é uma entidade de acolhimento a crianças em situação de risco social.
Os calouros e a nova vida universitária
Após o Trote Solidário, os novos acadêmicos conheceram não só colegas, professores e veteranos, mas também laboratórios e oportunidades dentro de seus Cursos. Um exemplo é o Lucas Gabriel Alves Petrech, calouro do curso de Agronomia que, após a semana de atividades do Trote do Secate, começou a realizar voluntariado no laboratório de fitopatologia da UEPG. “O que me motivou a ser voluntário no laboratório foram os veteranos. Eles deram um norte pra onde ir. Até achei que ia ficar mais perdido”, ri Lucas.
O acadêmico conta que a semana de acolhida realizada pelo Secate foi positiva para ele e para os outros colegas calouros. “Eu achei bem proveitosa. Primeiro, que os veteranos motivaram a gente a buscar por experiência e a aproveitar o que a Universidade tem a oferecer, além de mostrar pra gente os laboratórios e os professores que lá trabalham. Segundo, que eles uniram bastante o curso e mostraram que não precisa ter medo pra ir de atrás de ajuda, seja dos veteranos ou dos professores”, relata.
A integração com quem já faz parte do curso e pode compartilhar experiências também é importante nesse início da vida acadêmica. Lucas acredita que o contato com os veteranos foi o diferencial nesses primeiros dias de curso na UEPG. “Eu acho que sem essa semana muitos não iriam se enturmar e poderiam ficar sozinhos, sem o companheirismo do curso, sabe?! Eles têm mais experiência e passaram pelo mesmo que eu tô passando, então eu confio neles”, avalia.
A professora Maristela Dalla Pria é a responsável pelo laboratório e quem orienta Lucas. Segundo ela, experiências como essa abrem olhares para além dos horizontes da graduação. “Os calouros que estão nos procurando se mostram muito interessados nas atividades para preparar aulas práticas e nas atividades de pesquisa realizadas pela nossa equipe de acadêmicos. Estas atividades possibilitam a integração com os acadêmicos de graduação e pós-graduação envolvidos na área de fitopatologia”, comenta.
Lucas apenas começou no curso de Agronomia, mas a experiência do voluntariado já lhe rendeu novos conhecimentos. “Eu por enquanto estou analisando os fungos, vendo no microscópio e pesquisando sobre. Já aprendi a repicar um fungo e um pouco sobre o laboratório em geral”, relata. A técnica do laboratório de fitopatologia, Luciane Henneberg, avalia que os novos alunos têm muita energia e animação para se envolver nas programações do curso e em atividades extracurriculares. “Percebi neste ano que, após o Trote Solidário, os nossos novos acadêmicos ficaram motivados em conhecer mais sobre seu curso. No caso do laboratório de fitopatologia do curso de Agronomia, os calouros que entraram em contato não nos deixam em paz! Querem saber tudo que estamos fazendo, querem ajudar, e isso nos deixa muito felizes! O Trote Solidário trouxe a integração do calouro ao mundo universitário”.
Texto e Fotos: Cristina Gresele