Grande público acompanha palestra sobre assédio em instituições de ensino na UEPG

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Preocupada com o tema assédio, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis 9Prae), em parceria com diversos Setores e cursos da instituição, promoveu na noite da última terça-feira (29), no Auditório da Reitoria no Campus Centro, um debate sobre o assunto. Ministrada pela professora Marcela Teixeira Godoy e com o tema “Assédio Sexual nas Instituições de Ensino Superior”, o auditório ficou lotado com a presença de alunos engajados.

O vice-reitor Ivo Mottin Demiate representou a reitoria durante o evento. Para ele, esta é uma causa muito relevante e muito cara para a atual gestão. “Temos tomado todos os cuidados e agido de forma objetiva e com muita energia. Quando há a formalização de denúncia existe todo um processo legal, com ampla defesa, mas encaminhamos todas as denúncias que chegam. Fiz questão de participar desse evento e foi muito significativo”, garante.

Ele disse ainda que a boa presença do público chama muita atenção e mostra a preocupação de todos com o assunto. “Auditório lotado com pessoas em pé e com a palestra muito bem proferida pela professora Marcela, que já trabalhou conosco na Prae, pesquisadora, extensionista sobre essa temática, um evento muito importante”, finaliza.

Pesquisadora do assunto, Marcela tratou em sua palestra sobre a relação hierárquica de poder dentro das instituições de ensino, principalmente a relação professor/aluno. “Quando falo ‘professor’ são pessoas de um modo geral. Existe uma maioria de mulheres assediadas, mas infelizmente é um tema que une todos. Mas o objetivo da fala é incentivar que as pessoas procurem a ouvidoria, procurem a Prae e não se calem diante do assédio”, explica.

Em sua pesquisa, ela teve acesso a vários artigos falando da situação em várias universidades e afirma que a UEPG está um passo à frente de outras instituições. “Temos relatos de universidades que as sindicâncias se arrastam por anos. Porque aqui quando a denúncia chega já é imediatamente encaminhada”, finaliza.

Após a fala da professora Marcela, a pedagoga Iomara Favoreto, servidora vinculada à Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade da Prae, destacou o Canal de Escuta Gênero e Diversidade, criado durante essa gestão para ouvir os alunos e receber as demandas. Os estudantes podem entrar em contato pelo WhatsApp (42) 3220-3237 ou pelo e-mail praeescuta@uepg.br, ou então ir pessoal até a Prae, que fica no bloco da Reitoria no Campus Uvaranas. Já existe a previsão de atendimentos da Prae no Campus Centro para facilitar o contato com os alunos.

Por fim, a ouvidora da UEPG, Rosaly Machado, também destacou que a Ouvidoria é o canal oficial de denúncias da Universidade e que também está aberta para receber os alunos e registrar, de fato, as denúncias. A Ouvidoria da UEPG fica na sala 56 do bloco da Reitoria no Campus Uvaranas e o telefone para contato é o (42) 3220-3184. É possível fazer denúncias diretamente no site do Governo do Paraná, através deste link. 

Mobilização estudantil 

A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) coordenou atividade de conscientização sobre o assédio nas salas de aula do Campus Centro, em 29 e 30. Participaram da atividade alunos de diferentes cursos do Campus, que visitaram as aulas nos períodos da noite e da manhã, e explicaram aos colegas sobre os protocolos de denúncia em casos de assédio e os serviços de acolhimento que a Universidade oferece.

A ação foi conduzida pelos membros dos Centros Acadêmicos de Jornalismo (Cajor), de Direito (Cacs), Comércio Exterior (Caadmexa) e o Diretório Acadêmico de Letras (Dale), e alunos de Serviço Social. A mobilização contou com apoio dos Setores de Ciências Humanas, Letras e Arte (Secihla), Ciências Sociais Aplicadas (Secisa) e Ciências Jurídicas (Secijur).

“Acho importante nós acadêmicos levantarmos a pauta e apoiar a universidade, porque assim trazemos informação sobre a forma correta de denunciar o problema”, comenta Flávia de Paula, aluna de Direito e membro do Cacs. Sua colega Thaisa de Oliveira ressalta que tão importante quanto informar os canais de denúncia é o trabalho de encorajar as vítimas a denunciar: “O nosso trabalho também busca acolher e auxiliar no enfrentamento dessas situações”.

Texto: Tierri Angeluci e Gabriel Miguel | Fotos: Gabriel Miguel, Tierri Angeluci e William Clarindo


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