UEPG inaugura Escola de Línguas, Literaturas e Culturas

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) inaugurou, nesta terça-feira (28), a Escola de Línguas, Literaturas e Culturas (Eslin). Criada como um órgão institucional, a Escola atenderá a comunidade acadêmica e externa à UEPG no ensino de línguas e temas afins. 

O então curso de Línguas Estrangeiras para a Comunidade (Clec – UEPG), que funcionava no Campus Central, passa agora a atender sob o nome de Eslin, e com novo endereço, na Rua Julia Wanderley, 980 (ao lado da Mansão Vila Hilda). Para a diretora da Escola, professora Valeska Gracioso Carlos, o órgão auxiliará na expansão das atividades e na melhoria do ensino ofertado. “O Clec-UEPG, com o novo espaço, e a junção dos departamentos, transformando-se na Eslin, vai ser um espaço multicultural e que visa a inclusão”. A princípio, serão ofertados no espaço os cursos antes ofertados pelo Clec, de espanhol inglês e francês. Outras atividades e cursos deverão fazer parte da Eslin também, como é o caso do Paraná fala Idiomas, cursos de línguas indígenas e libras. “Estamos em fase de planejamento dos cursos de libras e muitos outros que virão”, explica a professora Valeska.

O reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, salienta que o novo espaço será também uma extensão do Departamento de Estudos da Linguagem e poderá contribuir com os cursos de graduação em Letras. A professora Valeska explica que isso se dá por propiciar um ambiente adequado à parte prática dos cursos: “A Eslin tem um papel fundamental, não só por promover espaços de estágios para as licenciaturas dos cursos de Letras, mas também por dar acesso à comunidade aos cursos de línguas estrangeiras, por um preço bem mais acessível que outras escolas”, explica Valeska.

A mensalidade do curso de línguas da UEPG é um diferencial. A professora Valeska explica que isso se deve ao fato de a escola não ter fins lucrativos: “Não visamos lucros, pois devemos ressaltar que primamos pela Universidade Pública, gratuita e de qualidade. Nossa meta é simplesmente manter-nos e remunerar os profissionais de forma justa e coerente. Essa é uma das razões pelas quais priorizamos professores com graduação na língua em que ensinam”.

Outro ponto de destaque do Eslin é levantado pelo reitor, professor Miguel Sanches Neto: a abrangência de competências trabalhadas pelos cursos ofertados. “Nós nomeamos como Escola de Línguas, Literaturas e Culturas sempre com a ideia de inclusão. Com a discussão que a gente teve em torno de rebatizar a escola, nós destacamos por essa ideia da inclusão já no próprio nome da nossa estrutura”, enfatiza.

O prédio, que já foi Centro Médico da UEPG e que estava fechado há alguns anos, foi completamente reformado para receber de forma adequada os professores e alunos. A nova estrutura conta com auditório para eventos, 14 salas e dois laboratórios, além da recepção e cozinha. Com o novo espaço, a oferta de turmas e horários poderá ser ampliada. Sanches contextualizou o cenário da oferta de cursos de línguas pela instituição: havia professores e alunos, mas não o espaço adequado. “Então, a gente ficava nos espaços vagos entre os turnos de aula para dar os nossos cursos de língua estrangeira”, explica o professor Miguel.

A professora Valeska explica que as aulas de línguas ofertadas pela UEPG eram ministradas em salas emprestadas no Campus Central, mas somente em períodos em que não estivessem sendo utilizadas pela graduação, o que significa uma grade de horários apertada. “No Clec-UEPG só podíamos utilizar as salas de aula em momentos em que houvesse salas vazias, ou seja, no intervalo entre os turnos vespertino e noturno ou sábados pela manhã. Nunca poderíamos ter turmas à noite, por exemplo, porque no período noturno nunca há salas livres na UEPG”. 

Dessa forma, a nova Escola proporcionará mais oportunidade para quem deseja estudar, o que, segundo o reitor da UEPG, impacta diretamente na vida das pessoas atendidas pelos cursos, ofertando o aprimoramento necessário para garantia de um bom futuro. “Estruturas são sim importantes na vida das pessoas. Investir em infraestrutura é investir nas pessoas.

Esteve presente na Inauguração da Eslin o Professor Renê Wagner Ramos, representando a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Ele parabenizou a iniciativa e enfatizou a relevância de investimentos e ações como as feitas pela Escola de Línguas: “Parabéns mesmo, eu acho que isso só enriquece e traz novas perspectivas e vai mudar a vida de muita gente, com certeza. Isso é o mais legal da educação: a gente perceber que a gente, ainda que de madeira modesta, consegue mudar a vida de alguém”. 

O pró-reitor de Assuntos Administrativos da UEPG, Ivo Mottin Demiate, compartilhou na ocasião a experiência positiva que o Clec, agora transformado em Eslin, lhe proporcionou: “Eu fui aluno do Clec, na época fazia francês, e aí tive que fazer uma prova lá em São Paulo da Aliança Francesa e passei. Precisava tirar 70 e tirei mais do que isso!”. Ivo ainda continuou os estudos no curso da UEPG e afirma que aprender novas línguas proporciona muitas oportunidades. “Depois eu comecei alemão aqui também, não dei continuidade, mas o francês me ajudou demais. No exterior, tive várias experiências boas. É uma janela para o mundo”, relata. 

“Em suma, a Eslin é de vocês, ela é nossa, ela é da UEPG e ela é da comunidade”, finaliza a professora Valeska.

As inscrições para interessados nos cursos ofertados pela Eslin abrem em julho, com início das aulas em agosto.

Texto: Cristina Gresele | Fotos: Fabio Ansolin

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