Para o mês de março, em comemoração ao dia da mulher, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) organizaram ações nos campi da universidade para discutir a violência de gênero. As atividades iniciaram nesta terça-feira (03), com a oficina “Educação para a Paz”, ministrada pelo professor Ney Alberto Salles Filho no Campus Central da UEPG, na sala A19 do Bloco A, às 17h30.
Na quarta-feira (04), as atividades se dividiram entre os dois campi. Em Uvaranas, na Central de Salas, aconteceu a apresentação da peça de teatro “O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou”, com o grupo formado pela atriz e autora do texto Michella França, diretor e sonoplasta David Dias, iluminador Carlos Phantasma e produtora Amanda Peiter.
Na sequência, a pesquisador Bruna Woinorsvki de Miranda (UEPG – TJ) falou sobre os casos de violência no âmbito universitário. “O juizado da mulher do Tribunal de Justiça do Paraná realizou uma parceria com a Prae da UEPG e agora, vamos iniciar as atividades. Existem muitos casos de violência contra a mulher no espaço acadêmico. Inclusive, um dos levantamento que fizemos sobre os feminicídios apontou que boa parte deles envolvia universitárias. Por isso, vamos começar a desenvolver a sensibilização desse público”, explica.
Com o propósito de marcar as mobilizações referentes ao Dia Internacional da Mulher em Ponta Grossa, no Campus Central aconteceu o evento “Mulheres e direitos: enfrentamento de violências múltiplas”. Dentre as ações, houve um painel com a participação da juíza de Direito Denise Antunes sobre o tema do assédio e da jornalista e advogada Vanessa Fogaça Prateano, que tratou da violência contra as mulheres e a cobertura midiática.
Segundo uma das organizadoras do evento, professora Karina Janz Woitowicz, trata-se de uma proposta transdisciplinar que surgiu das preocupações de grupos de pesquisa e extensão em enfocar o debate sobre a violência de gênero e contra as mulheres, tema que se torna cada vez mais relevante na atualidade.
“Diante da banalização da violência machista, o evento chama a atenção para a necessidade de refletir sobre o assunto e fortalecer as lutas por direitos”, observa a professora. Além do painel, o evento promoveu uma exposição de cartazes com os casos de feminicídio em Ponta Grossa, que estará disponível em diversos espaços da UEPG e da cidade, exibições semanais de documentários e rodas de conversa sobre temas voltados aos direitos das mulheres.
O evento “Mulheres e direitos: enfrentamento de violências múltiplas” é promovido pelo Grupo de Pesquisa Jornalismo e Gênero do Mestrado em Jornalismo, projeto de extensão Elos – Jornalismo, Direitos Humanos e Formação Cidadã, Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), Laboratório de Estudos de Gênero, Diversidade, Infância e Subjetividades (LAGEDIS) e Grupo de Estudos Territoriais (GETE). Durante o mês, estão previstas outras atividades também como panfletagem, confecção de cartazes e intervenções nas escadarias dos blocos. Também será feita a coleta de dados para a pesquisa “A violência por trás dos muros universitários”, realizada pelo programa de pós-graduação em desenvolvimento comunitário da Unicentro em parceria com a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DAAD).
As atividades são parte de um planejamento conjunto entre a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DAAD), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), Laboratório de Estudos de Gênero, Diversidade, Infância e Subjetividades (LAGEDIS), Grupo de Estudos Territoriais (GETE), Núcleo de Maria da Penha (NUMAPE), Projeto Elos – Direitos Humanos, Jornalismo e Formação Cidadã, Núcleo de Educação para a Paz (NEP), Mestrado em Jornalismo, Serviço Social do Tribunal de Justiça (TJPR), Diretório Central de Estudantes (DCE) e lideranças estudantis na UEPG.
Texto: adaptado - divulgação Foto: Vanessa Hrenechen e Patrícia Guedes