Em contato direto com a comunidade. Foi assim que a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) trabalhou nesta sexta-feira (05), no terminal central de ônibus. O Projeto de Extensão Uso Racional de Medicamentos realizou uma ação de conscientização sobre uso e descarte correto de medicamentos e esclarecimento sobre a profissão do farmacêutico. No total, 20 alunos, professores e técnicos participaram da ação, que aconteceu com apoio de projetos da UEPG e Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Ponta Grossa (OAB-PG).
É a quinta edição que o Projeto realiza no formato dentro do terminal central, sempre com informações sobre o uso correto de medicamentos. “O uso racional pressupõe a utilização correta do medicamento, quando prescrito por profissional capacitado para promoção ou recuperação de saúde, e a não automedicação, pela grande causa de intoxicação, especialmente em crianças”, complementa.
Bruno Gabriel Ribeiro, de oito anos, estava acompanhado da avó, Eliane Carlota, quando decidiu participar da atividade. Após medir a glicemia capilar, exame que oferece resultado imediato sobre concentração de glicose no dedo, saiu feliz com a notícia de que está tudo bem. “Foi bom, doeu um pouco, mas aí logo parou”, conta. Apesar da pouca idade, ele deixa um recado às crianças, para que cuidem da saúde. “Temos que nos cuidar, não podemos comer muito doce, para quando crescer não ter diabete”.
A extensão, atividade feita diretamente com a comunidade, é também um dos pontos destacados pela estudante Gabrielly Silveira. “Eu sempre busco participar de projetos assim, que trabalham direto com as pessoas, geralmente medindo a pressão e fazendo orientações, como estou fazendo hoje”, explica. Para ela, a experiência é positiva, pois pode aprender na prática como atender pessoas. “Estar em contato com a população é muito positivo, pois além das horas complementares que ganhamos, acrescenta na nossa formação”.
Demais projetos
O Projeto Horto Medicinal da UEPG estava presente na ação, com alunos distribuindo mudas e orientando a população e aplicações da planta, para combater efeitos indesejados, conforme explica a professora Vanessa Torres. “O uso de plantas medicinais para tratamento de doenças requer cuidados na sua escolha e na administração correta”. Ativos naturais também foram o foco Laboratório de Inovação Farmacêutica. Quem esteve presente pôde conferir e testar produtos farmacêuticos e cosméticos com ativos naturais. “Mostramos para as pessoas ativos naturais, como curativos de babosa e calêndula, e cosméticos feitos com bases de sementes de uvas, provenientes de resíduos da produção de vinho”, conta o professor Airton Pereira.
Também participaram os projetos Educação em Saúde, que presta cuidados farmacêuticos clínicos em Unidades de Saúde e na Farmácia Escola da UEPG, sobre direitos e serviços de saúde; e a Liga Acadêmica de Tecnologia Aplicada à Saúde, que integra conhecimentos relativos às tecnologias em saúde e realiza ações nas áreas de fitoterapia, suplementos esportivos, saúde estética e nanotecnologia. Além da saúde, atendimento jurídico. A OAB Ponta Grossa, parceira do Projeto, participou com informações nas áreas de direito do trabalho, família, previdenciário, consumidor, violência doméstica, dentre outras.
Texto: Jéssica Natal | Fotos: Aline Jasper e Jéssica Natal